O terreno onde será construído o Aeroporto Regional da Serra Gaúcha, no distrito de Vila Oliva, em Caxias do Sul, recebeu a primeira intervenção desde que o município tomou posse do local. As macieiras, espalhadas em 162 hectares de área, começaram a ser derrubadas na última sexta-feira (19) pela prefeitura, em um trabalho que deve se estender até o fim de setembro. A ação é simbólica e representa um avanço para a futura instalação do terminal, que é considerado fundamental para o desenvolvimento da economia da região.
A medida ocorre após a finalização da etapa de desapropriação do terreno. De acordo com a prefeitura, a área já está registrada em nome do município e o então proprietário do espaço recebeu o valor da indenização correspondente.
No local, estarão localizadas parte da pista do novo aeroporto, o terminal de passageiros e o estacionamento. A pista terá 1.930 metros de comprimento por 45 metros de largura. Já o terminal de passageiros será maior, ocupando uma área de 6.011 metros quadrados, contra 4,7 mil metros quadrados previstos anteriormente. O estacionamento terá 500 vagas.
Após a derrubada, as árvores receberão um tratamento químico, o que, segundo a prefeitura, atende a uma exigência da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul.
— Com esse procedimento, fica excluído qualquer risco fitossanitário, já que o pomar não seria mais tratado — explicou o procurador-geral adjunto do município, Felipe Dal Piaz.
Para viabilizar o aeroporto, o próximo passo é a aprovação do licenciamento junto a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A autorização requer estudos de geotecnia e de capacidade de carga do solo.
Os projetos desta etapa são feitos pela Iguatemi Consultoria e Serviços de Engenharia, que tem prazo de concluir esta etapa até dezembro. Após, será feita a licitação para escolher a construtora e iniciar as obras ainda em 2023.
A expectativa da prefeitura de Caxias é avançar e encurtar prazos, afinal o recurso garantido pelo Ministério de Infraestrutura, de R$ 200 milhões, está definido e é estático, ou seja, não sofrerá correção. Qualquer demora, portanto, terá que ser compensada pelos cofres municipais.
O novo aeroporto de Vila Oliva ocupará uma área de 445 hectares que pertenciam, ao todo, a oito pessoas.