CORREÇÃO: a pista do novo aeroporto terá 45 metros de largura, e não 280 metros, como publicado entre as 21h04min de terça-feira (16) e as 9h41min desta quarta-feira (17). A medida de 280 metros é referente à faixa de pista, que também terá 2.050 metros de comprimento. O texto já foi corrigido.
Estão definidas as proporções do novo aeroporto que será construído em Vila Oliva, em Caxias do Sul. A pista terá 1.930 metros de comprimento por 45 metros de largura. Já o terminal de passageiros será maior, ocupando uma área de 6.011 metros quadrados, contra 4,7 mil metros quadrados previstos anteriormente. O estacionamento terá 500 vagas. Estas definições fazem parte do planejamento da prefeitura para que o novo equipamento seja uma evolução na comparação com o atual Aeroporto Regional Hugo Cantergiani.
O primeiro projeto apresentado, segundo a secretária municipal de Planejamento, Margarete Bender, era um modelo básico e padrão de aeroporto regional. O esforço foi para ampliar as autorizações prevendo que, no futuro, a classificação do aeroporto seja ampliada.
— O nosso trabalho se concentrou em fazer algumas alterações na expectativa de conseguir um equipamento que pudesse operar além daquelas vinculações de aeroporto regional, o que o Hugo Cantergiani já tem. Agora, nosso intuito é abraçar novas operações, como carga e aeronaves de maior porte. Defendemos essa perspectiva — explica a secretária, salientando que a estrutura atenderá as demandas da Serra e da Região das Hortênsias, ambas de grande potencial turístico.
O projeto final já prevê a possibilidade de implantação de pátio para aeronaves de carga e terminal de cargas, e também uma área de hangares. São estruturas que não serão construídas no primeiro momento, mas que no futuro serão essenciais para ampliar a capacidade do aeroporto.
A aprovação deste projeto final pela Secretaria de Aviação Civil, do Ministério da Infraestrutura, aconteceu na semana passada e marcou a conclusão da segunda etapa para a instalação do aeroporto. O próximo passo é a aprovação do licenciamento junto a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A autorização requer estudos de geotecnia e de capacidade de carga do solo.
— Na terceira etapa, basicamente, iremos para o projeto executivo e buscaremos este licenciamento ambiental, o qual já temos uma licença prévia. Depois, iremos desenvolver os projetos de arquitetura e apresentar uma modelagem passível de identificação enquanto projeto, uma vista em 3D (do aeroporto), por exemplo — conclui Margarete.
Os projetos desta terceira etapa são feitos pela Iguatemi Consultoria e Serviços de Engenharia, que tem prazo de concluir esta etapa até dezembro. Após, será feita a licitação para escolher a construtora e iniciar as obras ainda em 2023.
A expectativa da prefeitura de Caxias é avançar e encurtar prazos, afinal o recurso garantido pelo Ministério de Infraestrutura, de R$ 200 milhões, está definido e é estático, ou seja, não sofrerá correção. Qualquer demora, portanto, terá que ser compensada pelos cofres municipais.
— O planejamento é iniciar as obras no ano que vem. A pressa é porque nosso recurso é estanque, então o esforço é otimizar o tempo para não ter perda financeira em função de prazo. Nossa perspectiva é o quanto antes atuar na implementação da obra — conclui Margarete, lembrando que há várias medidas paralelas nesse sentido, como o processo para remoção do cultivo de maçã que existe no terreno onde será a construção.
O novo aeroporto de Vila Oliva ocupará uma areá de 445 hectares que pertenciam a oito pessoas. Todos os processos para desapropriação e indenizações estão encaminhados, mas alguns proprietários estão autorizados a trabalhar na produção agrícola no local ainda neste ano. Isso mudará em 2023 com o inicio das obras.