Reduzir, reciclar e reutilizar. A premissa que incetiva ao descarte adequado e à nova utilização para os resíduos foi posta em prática na manhã deste sábado (20) pelo Coletivo Lixo Zero em Caxias do Sul. O grupo de voluntários esteve a postos no estacionamento que fica junto à Igreja São Pelegrino para receber uma diversidade de materiais que geram dúvidas quanto à forma correta descarte.
Das 9h às 14h, foram recolhidos uma caliça de eletrônicos, 100 litros de óleo, mais de 700 garrafas e potes de vidro, 2 mil cartelas de medicamento, 6 mil tampinhas e 300 chapas de raio X. Estas últimas, por exemplo, quando recicladas, podem compôr coletes balísticos. Já as cartelas vazias de medicamentos são encaminhadas para complementar a renda de entidades locais. Além disso, esponjas, lâmpadas de todos os tipos, vidros em geral, equipamentos de informática e televisores se acumulavam no pátio à medida que a comunidade os trazia em formato de drive thru.
Cada um dos materiais terá seu destino encaminhado de forma correta pelo Coletivo Lixo Zero que conta com a parceria de cooperativas de reciclagem e programas de logística reversa para receber o lixo. De acordo com a embaixadora da iniciativa, Joana Pescador, o foco está em produtos de difícil reutilização como esponjas e cápsulas de café que devem retornar às empresas que os produzem.
— É um problema bem grande, porque todo mundo usa e não tem um destino fácil, é preciso encaminhar de volta para a indústria — explicou Joana que tem no Coletivo uma forma de angariar o que para muitos é lixo, mas para outras organizações pode se reverter em renda.
É o caso de tampinhas de plástico e cartelas de medicamentos que, segundo Joana, são entregues à Cooperativa Paz e Bem que repassa o valor ao Recanto da Compaixão frei Salvador, um projeto da Associação Mão Amiga.
Juntar tampinhas aliás virou um hábito na família da professora Carla Trentin, 39, que aproveitou a manhã de sábado para dar destino à uma garrafa de cinco litros repleta delas. Além do plástico, lâmpadas, eletrônicos e vidros foram trazidos ao estacionamento para descarte correto.
— Trouxemos alguns eletrônicos que estavam jogados em um canto e lâmpadas que não é todo estabelecimento que recolhe. Quando não sabemos o que fazer, acaba acumulando e resolvermos fazer a limpa — contou.