A volta ao formato presencial do 49º Festival Internacional do Folclore foi de grande destaque. Após 18 dias de programação, a festa de Nova Petrópolis atraiu cerca de 200 mil pessoas para acompanhar as apresentações culturais, conforme divulgado pela organização. O evento da Serra terminou neste domingo (31), com cerimônia de apagamento da Chama Histórica, símbolo da festividade.
— O evento teve a sua retomada em grande estilo e essa força cultural, com certeza, continuará se manifestando em nossa comunidade, pois é essa a sua característica — declarou o prefeito de Nova Petrópolis, Jorge Darlei Wolf.
O festival foi inspirado pelo aniversário de 120 anos do cooperativismo de crédito, com o lema “A diversidade nos une e a cooperação nos fortalece” (Nova Petrópolis é a Capital Nacional do Cooperativismo). A festa reuniu 1,5 mil dançarinos, músicos, artesãos e artistas, de mais de 60 grupos folclóricos, nesta edição. No total, foram 200 apresentações na Rua Coberta e outras 20 nas comunidades do interior de Nova Petrópolis, somando 170 horas de atrações.
As culturas e os folclores da Colômbia, Argentina, Minas Gerais, Pará, Porto Alegre, Caxias do Sul, Ijuí e Nova Petrópolis foram destaques do Palco da Diversidade, na Rua Coberta, no último final de semana. O último espetáculo foi o Cooperativismo em Movimento, que homenageou o padre Theodor Amstad, chamado de pai do cooperativismo. A atração contou com mais de 300 dançarinos, cantores, atores, atrizes e instrumentistas da região.
O gestor do 49º Festival Internacional de Folclore, Gilnei Mücke, avalia que a edição de retomada superou as expectativas. Para Mücke, o calor fora de época se tornou um diferencial, o que também ajudou a atrair mais visitantes.
— Isso (o clima) contribuiu para que tivéssemos um grande público, principalmente durante a semana, onde percebemos em outros anos que era um público menor. E nos finais de semana, como esperávamos, foi um público muito grande — relata o gestor.
Com organização da Associação dos Grupos de Danças Folclóricas Alemãs, em parceria com a prefeitura de Nova Petrópolis e com o apoio da Organização Internacional de Folclore e Arte Popular (IOV), a 49ª edição recebeu 28 grupos locais e oito regionais. Além disso, recebeu grupos artísticos nacionais dos estados da Bahia, Minas Gerais, Pará, Santa Catarina, Alagoas e Ceará, e grupos folclóricos internacionais vindos da Colômbia, México, Chile, Paraguai e Argentina.
Agora, a comissão organizadora já pensa em 2023, quando a festividade completa 50 anos. Por ser um marco, a festa de Nova Petrópolis planeja que a próxima edição seja ainda maior.
— Nós queremos dar uma nova roupagem para o festival, para aumentar ele e dar mais força a esse grande festival, que é considerados um dos maiores festivais do Brasil — afirma Mücke.
Duas localidades vencem os Jogos Germânicos
Além das apresentações culturais, a festa da Serra trouxe a Feira da Diversidade, praça de alimentação, Noites Culturais, oficinas Panelas e Mãos da Diversidade, Desfiles de Integração, Jogos Germânicos e da Diversidade e a Caminhada do Folclore.
Nos Jogos Germânicos, inclusive, as localidades de Linha Brasil e Linha Araripe conquistaram o título de campeã. As disputas foram realizadas nas modalidades Bolão de Corda, Pregar o Prego, Debulhar o Milho, Chopp em Metro e Arremesso de Chopp, entre as localidades do Município.
O troféu de campeão foi entregue para Linha Brasil e Linha Araripe, que somaram 100 pontos; Vila Olinda somou 98 pontos e ficou com o vice-campeonato e Linha Imperial ficou em 3º lugar, com 88 pontos.