Um projeto do governo do Estado quer impulsionar o ecoturismo nos parques estaduais do Caracol, em Canela, e Tainhas, na divisa dos municípios de Jaquirana, São Francisco de Paula e Cambará do Sul. Para isso, a previsão é que sejam investidos R$ R$ 47,6 milhões nos dois parques por meio de uma Parceria Público Privada (PPP). O edital para a concessão foi publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 6 de junho.
Do total previsto para investimentos, R$ 23,7 milhões serão obrigatórios a serem realizados nos seis primeiros anos de contrato, além de despesas operacionais de R$ 417,3 milhões ao longo dos 30 anos de contrato. O projeto tem apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e tem como objetivo qualificar a infraestrutura e os serviços oferecidos aos visitantes, além de fomentar o turismo sustentável e gerar renda e desenvolvimento regional, mantendo a preservação ambiental.
O leilão da concessão está marcado para o dia 28 de julho, na B3, em São Paulo. Vencerá a licitação quem oferecer a maior outorga, com valor mínimo de R$ 2,7 milhões. Para o Caracol, a ideia é investir nas atividades de aventura, como arvorismo e bungee jump, enquanto no Tainhas, estão previstas atividades aquáticas e de hospedagem, como, por exemplo, camping.
Segundo o secretário extraordinário de Parcerias do Estado, Leonardo Busatto, a parceria público privada pode trazer retornos positivos para as cidades e também para a região.
— Um parque tão simbólico como o do Caracol, que por muito tempo teve a condução da parceria entre o Estado e a prefeitura de Canela, agora, poderá iniciar uma parceria público privada. O novo gestor poderá trazer, além de investimentos e melhorias, um retorno para a cidade de Canela, com empregos, impostos, com toda a capacidade de divulgação que uma empresa privada tem — defende Busatto.
A secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, afirma que a base do projeto é a viabilidade da concessão dos parques para o turismo ecológico e que o Estado irá acompanhar e supervisionar as intervenções a serem realizadas nos parques.
— As melhorias irão atrair os visitantes, incentivando a aproximação com a natureza e a educação ambiental, sem perder de vista a finalidade das unidades de conservação: a preservação da riqueza da fauna e da flora do Rio Grande do Sul — destacou Marjorie.