De acordo com a Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMTTM) de Caxias do Sul, cerca de 2 mil fiéis se reuniram na Praça Dante Alighieri, em Caxias do Sul, para celebrar o dia de Corpus Christi, nesta quinta-feira (16). A missa, ministrada pelo bispo Dom José Gislon, foi acompanhada de bênção na escadaria da Catedral Diocesana Santa Teresa D’Ávila. Depois, os caxienses seguiram o religioso com o símbolo de Jesus no Santíssimo Sacramento. A caminhada, que começou por volta de 15h30min, ocorreu no entorno da praça.
Durante a missa, o bispo Dom José Gislon celebrou a retomada das cerimônias presenciais após a pandemia. A procissão de Corpus Christi foi a segunda do ano, sendo que a Igreja Católica tinha organizado o ato presencial também na Sexta-Feira Santa.
— Nós passamos por tantas provações e ainda estamos passando. Mas, penso que a fé sustenta o povo nos momentos difíceis, principalmente, nos momentos difíceis. Costumo dizer que com fé a gente faz coisas que jamais faria e com a fé, chegamos onde jamais chegaríamos. E percebemos que essas celebrações dão um novo vigor para as pessoas e as comunidades. Penso que foi um momento bonito, um momento de celebrarmos e louvarmos o Senhor e, acima de tudo, nos encontramos como comunidade de fé — reflete o bispo.
Na área central, Caxias não teve a tradicional exposição de tapetes, como acontece em outros municípios da Serra. Mas, a Casa Madre Teresa esteve presente com cinco voluntárias para recolher doação de roupas, cobertores e alimentos.
— Hoje, viemos colaborar com a solenidade e com as doações que entraram vamos auxiliar outras entidades — conta Silvana De Conto, 64 anos, coordenadora da Casa Madre Teresa.
A herança dos pais
Corpus Christi celebra a presença de Cristo na comunhão. Para alguns fiéis, o feriado também é dia de união e manifestação de saudade. Caxienses que participaram da missa e procissão lembraram os pais ao contar o que os motivam a participar da solenidade religiosa. É o caso do casal Daniel Pasqual, 59, e Vera Pasqual, 60.
— Nós viemos para fazer uma purificação da vida, que desde pequeno nos acostumamos com os nossos pais a termos a herança de acompanhar todas as orações e os momentos que Jesus nos traz na vida — conta o motorista.
A aposentada, enquanto isso, lembrou de quando era criança e se encantava com os tapetes coloridos de Corpus Christi. O costume e uma memória feliz são também o que a professora Angélica Balardin, 37, e o metalúrgico Flávio Borges dos Santos, 43, querem transmitir para os filhos Felipe, 7, e Augusto, 3, que os acompanharam na procissão desta quinta.
— É um costume passado por nossos pais e continuamos participando até hoje — afirma Angélica.
_ Ensinando para eles as lições cristãs, que hoje a gente tem que ter uma tradição que faça bem para nós — complementa Flávio.
Para Dom José Gislon, que teve a primeira celebração presencial de Corpus Christi como bispo, a família é fundamental para ministrar esse ensinamento.
— Viver a vida de fé também é educar e a escola mais bonita, aquela que mais marca o nosso coração, é a escola da família. É aquela escola de família que a gente faz a partir do braço dos pais e da mãe. Eu penso que todas as pessoas, as mais vividas e os jovens, muitos têm experiência dessa escola familiar que marcou profundamente toda dimensão da vida espiritual — destaca o bispo.