Desde o dia 6 de setembro, a Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) tem colocado em prática um projeto piloto com o objetivo de melhorar o serviço de coleta de resíduos orgânicos na cidade. Até o momento, os setores das regiões de São Ciro e Cruzeiro foram impactados pela mudança no horário da coleta, que passou a ser na madrugada, em vez de ocorrer pela da manhã.
Conforme o supervisor da coleta do departamento de limpeza urbana da Codeca, Gilvane Lima, a modificação foi bem aceita pela comunidade e, por isso, o projeto está sendo ampliado. A partir de terça-feira (21), inicia a segunda fase, que contempla os setores que integram os bairros Pioneiro e Nossa Senhora do Rosário.
— Estávamos muito esperançosos de que fosse dar certo. São dois bairros que envolvem bastante pessoas e nós tivemos, até o momento, só duas reclamações, e foi em relação ao barulho. Explicamos para toda a população que se trata de um projeto piloto, que será aperfeiçoado, podendo ser definitivo ou não, e todos entenderam — afirma Lima.
O supervisor explica que a companhia enfrenta uma situação financeira delicada e que na parte da manhã, dos 22 caminhões, de dois a quatro costumam não sair devido a problemas mecânicos. Com isso, de dois a três bairros deixavam de ser atendidos, por dia, por causa da falta de caminhões. Com a mudança, é possível atender melhor a população que depende da coleta seletiva de manhã, que estava sendo afetada.
A escolha dos bairros inseridos no projeto levou em consideração o mapa geográfico, e questões como a largura das ruas influenciaram na decisão. A terceira fase está prevista para iniciar em outubro, envolvendo mais dois setores. Lima adianta que, dependendo dos resultados poderá ser ampliado para outros pontos da cidade. Até o momento, cada fase envolve um caminhão que contempla dois setores.
— Pensamos inicialmente em manter o projeto piloto por seis meses. E tem duas possibilidades: a primeira, que dê muito certo e a gente mantenha ou até aumente e a segunda, é que a situação financeira da companhia volte a ficar boa e seja possível dar a volta, ou seja, consertar caminhões ou até comprar veículos novos e talvez trazer a coleta de volta para como era antes. Vamos avaliar como se comporta tanto a situação financeira, quanto a aceitação do projeto —explica Lima.