Caxias do Sul terá mais sete estabelecimentos noturnos que exigirão o passaporte da vacina contra o coronavírus a partir desta sexta-feira (24), quando os nomes serão publicados no Diário Oficial do Município. Assim, 21 locais poderão funcionar além da 1h neste final de semana.
Os nomes dos novos empreendimentos que aderiram ao "Estabelecimento Parceiro", projeto da prefeitura que exige o passaporte, só serão divulgados após a publicação oficial, ainda assim, as redes sociais de vários locais já estão informando essa necessidade. O Rancho do Baile, localizado na Avenida São Leopoldo, é um desses locais que irão exigir a comprovação de imunização com ao menos uma dose, a partir desta sexta. Segundo um dos sócios da casa noturna, Luiz Martins, a adesão ao programa já está surtindo efeito.
— Têm pessoas que não tomaram a vacina e, se quiserem frequentar (a casa), vão precisar se imunizar. Isso já aconteceu hoje (quinta, 23). Umas 10 pessoas me disseram que não tomaram e, agora, estão correndo para o postinho. Isso é bom, na minha opinião — avalia.
Segundo Martins, o objetivo em aderir ao projeto foi para flexibilizar o horário de atendimento, que pode voltar a ser até as 5h. Mesmo que, nesse final de semana, a casa deva fechar um pouco mais cedo que este horário.
— O período entre 20h e 1h é muito cedo, afinal, os bailes eram das 23h às 5h. Só que a gente ainda não irá prolongar muito os horários, porque o público está acostumado. Vamos indo aos poucos — relata o empresário, que complementa: — As pessoas me ligavam para dizer que o horário era muito cedo, a maioria estava saindo do trabalho. Dependendo da atração, faltava lugar para quem chegava depois. Agora, um pouco mais tarde fica confortável para o público chegar em casa, jantar, tomar um banho e sair.
Para os locais que optaram por ingressar nessa parceria com a prefeitura, a fiscalização pela Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU) e Vigilância em Saúde é feita por amostragem. As equipes ingressam nos estabelecimentos que estão cadastrado e verificam o cartão de vacinação de clientes de forma aleatória.
— Verificamos se as pessoas que ingressaram nos estabelecimentos têm o comprovante vacinal. Nós também fortalecemos as vistorias aos locais que trabalham além da 1h e não estão liberados, porque não possuem o selo e não quiseram ser parceiros. Durante a semana, também mantemos equipes de fiscalização sempre que há denúncia — explica Rodrigo Lazzarotto, diretor de fiscalização da SMU.
Os locais que aderiram ao programa precisam exigir a demonstração do cartão de vacinação ou o comprovante no aplicativo ConecteSUS. Os estabelecimentos não precisam informar à SMU o horário de funcionamento e poderão estender além da 1h. Os demais, precisam estar fechados nesse horário.