Com sinais de esgotamento da atual capacidade desde o ano passado, o aterro Sanitário Rincão das Flores, em Caxias do Sul, passa por ampliação. O trabalho foi contratado pela Secretaria do Meio Ambiente (Semma) e é executado pela Codeca, que também opera a central.
Segundo a presidente da companhia, Helen Machado, a nova célula terá área de 20 mil metros quadrados. A estimativa é de que o espaço seja suficiente para 350 mil toneladas de resíduos, quantidade média do que a cidade gera em três anos. Por dia, são cerca de 360 toneladas.
A vida útil real da área ampliada, porém, depende de fatores operacionais, como a compactação do lixo, e a separação dos resíduos pela população. De acordo com Helen, boa parte do que é depositado no aterro é de materiais que poderiam ser reciclados.
— A quantidade (estimada para três anos) poderia ser menor se tivesse mais separação. Quanto menos seleção se faz nos resíduos, maior é a necessidade de ampliações — explica.
O terreno onde ficará a nova célula já foi preparado, mas o contrato entre a Semma e a Codeca foi firmado somente na última semana. Com isso, as equipes da companhia deram início à implantação de membranas que impermeabilizam o solo e permitem a coleta do chorume (líquido gerado com a decomposição do lixo). O objetivo é concluir o trabalho o mais rápido possível, embora ainda haja uma capacidade restante nas áreas atualmente em operação.
Assim que o novo espaço entrar em operação, o lixo passará a ser depositado e compactado diariamente. Quando a camada atingir uma altura considerada suficiente, o material é coberto com argila, para que fique estável. A partir daí se inicia uma nova camada sobre a argila. Conforme o secretário do Meio Ambiente, João Osório Martins, não há um limite especificado de camadas, já que isso depende da operação.
— Quando se atinge a altura, se cobre com argila e se planta grama por cima com drenagem para não infiltrar a água da chuva — explica Martins.
Operando desde 2010, o aterro Rincão das Flores tem, atualmente, cerca de 10 hectares já utilizados para o recebimento de resíduos. A área total, porém, é de 275 hectares. Dessa forma, a central pode ser ampliada conforme a necessidade. A ampliação atual custará R$ 596 mil.
— Por que não se faz essa ampliação por mais tempo? Porque os valores não são pequenos. Você pode fazer essa ampliação em blocos — justifica Helen.