A macrorregião Caxias do Sul está sob aviso, segundo o Sistema 3As dos Governo do Estado, desde o dia 19 de maio. Desde então, os números analisados pelo GT Saúde apresentam uma crescente em casos positivos e internações hospitalares, uma tendência que também é vista no Estado. Por enquanto, a Amesne, que se reuniu no sábado (22), decidiu manter os protocolos como estão, apenas pedindo o aumento da fiscalização nos municípios da região.
Segundo os números do Comitê de Dados, a região está com expansão nos casos positivos por 100 mil habitantes, seguindo uma rota estadual. O acréscimo na variação dos últimos sete dias está 6,7%. Já as hospitalizações em leitos clínicos aumentaram 12%, enquanto que nas UTIs subiu 5%. A taxa de ocupação nos leitos de tratamento crítico está em 86%, neste domingo (23) — no sábado, chegou a bater em 90%. O único indicador em redução é o de óbitos, que despencou 37% nas últimas semanas.
Esses dados deixam uma questão no ar para a reunião do Gabinete de Crise a ser realizada na quarta-feira (26): a Serra seguirá sob aviso ou será emitido um alerta? Caso seja emitido um alerta, a Amesne terá 48 horas para apresentar um plano de ação que contenha a disseminação.
Confira a nota oficial da Amesne
"Na tarde deste sábado, dia 22, foi realizada reunião com os prefeitos que compõem a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) e a região Covid-19, para avaliação do andamento da primeira semana do novo sistema de monitoramento da pandemia do RS e do cenário referente aos casos positivos nos municípios.
Diante dos dois avisos emitidos pelo Estado para a região nos últimos dias e a observância de alta nos casos de pessoas infectadas, a Associação, através do presidente, Fabiano Feltrin, orientou os prefeitos a reforçarem a conscientização quanto aos cuidados, especialmente em ambientes como praças e parques. Além disso, os gestores públicos foram aconselhados a ampliarem a fiscalização e o rigor no cumprimento às normas e protocolos de prevenção à covid-19.
A região optou por seguir os protocolos variáveis do Estado. Caso o município opte por medidas mais restritivas, tem autonomia para isso e pode publicar seu próprio decreto. É necessária aprovação de dois terços dos municípios para modificações via decreto, somente caso haja interesse em tornar as regras regionais mais flexíveis."