Diante das alterações no modelo de distanciamento controlado do Estado, que serão feitas em nome da retomada presencial dos estudantes às salas de aula, a Serra passará, assim como todas as demais regiões do Rio Grande do Sul, para a bandeira vermelha. A região ficará na mesma classificação que era praticada para alguns setores, por meio do sistema de cogestão, o que permitirá agora, também, a reabertura das escolas. A decisão foi publicada na tarde desta terça-feira (27) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), adiantando informações do decreto, que tem publicação prevista para a mesma data, com vigência a partir da meia-noite de quarta-feira (28) em todo o Rio Grande do Sul.
"Após análises de técnicos e especialistas do Gabinete de Crise, o governo decidiu ajustar a salvaguarda da bandeira preta no Estado: continuará existindo, mas passará a ser acionada apenas quando o indicador de leitos atingir o índice de 0,35 depois de um ciclo de 14 dias de piora na disponibilidade. A trava será desativada quando se observar um ciclo de pelo menos 14 dias de melhoria na ocupação hospitalar (leitos clínicos e de UTI)", justificou a SES.
Ainda conforme a publicação desta tarde, a salvaguarda regional fica mantida para a bandeira vermelha: "quando uma região apresentar bandeira vermelha ou preta no Indicador 6 (hospitalizações para cada 100 mil habitantes da região) e o Indicador 8 (leitos livres/leitos Covid da macrorregião) estiver menor ou igual a 0,8, a trava é acionada e a região será classificada em bandeira vermelha mesmo que a sua média for mais baixa".
Cogestão suspensa até o dia 10 de maio
A determinação estadual deverá ser publicada com a suspensão do sistema de cogestão, pelo menos, até o dia 10 de maio. A medida, segundo a SES, foi tomada como forma de evitar que os municípios adotem protocolos compatíveis à bandeira laranja, uma vez que os indicadores ainda apontam risco alto (vermelha).
Segundo o governador Eduardo Leite, o dia 10 de maio marcará também o fim do modelo atual de combate à pandemia no Estado. Ele afirma que um novo modelo está sendo estudado para substituir o atual.