O comportamento dos consumidores durante as feiras do agricultor, ecológica e Ponto de Safra preocupa até mesmo os feirantes em Caxias do Sul. Mesmo com restrições, em meio à bandeira preta, o Ponto de Safra, tanto na Praça Dante Alighieri, na Avenida Júlio de Castilhos, quanto na Praça da Bandeira, e na rua Sinimbu com a Moreira César seguem registrando aglomerações.
As feiras são permitidas pelo decreto e há uma série de cuidados, tanto que ao longo de toda a pandemia o uso de máscaras, protetor facial, o distanciamento físico e o álcool gel na hora da compra e venda se tornaram parte da rotina de feirantes e consumidores. Contudo, na área central da cidade, há momentos de aglomeração e movimento intenso.
As bancas estão mais distantes, há cordão de isolamento, para manter os clientes mais afastados dos feirantes e dos produtos, os produtores usam máscaras, alguns usam luvas, mas os clientes ficam próximos uns dos outros e dos próprios produtores. Basta uma rápida passada pelos dois pontos para perceber que as medidas de distanciamento físico são ignoradas.
O desrespeito levou a prefeitura a intensificar os cuidados e acionar a Guarda Municipal para que oriente os clientes:
— Os pontos em que as feiras ocorreram, principalmente onde há maior circulação de pessoas, tem sido intensificados, os caminhões estão mais distantes, e também há orientação para que as pessoas não se aglomerem em frente às bancas — ressalta o secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa), Rudimar Menegotto.
Ele esteve no Ponto de Safra na manhã desta sexta-feira (5) para analisar a situação.
— Estive na feira realizada na Rua Treze de Maio, e na da Praça Dante Alighieri. O problema ocorre onde tem muita circulação de pessoas porque gera aglomeração daqueles que estão passando pelos espaços e pelos clientes. Estamos pedindo para a Guarda Municipal que ajude a orientar os consumidores — afirma.
O secretário alerta que é necessário conscientização da comunidade:
— Os produtores estão pedindo que se faça fila, que um cliente aguarde enquanto o outro é atendido, que mantenha o distanciamento físico. A feira tem que continuar porque são produtos essenciais, e os produtores precisam comercializar o que produziram. Precisamos da colaboração dos consumidores, ainda mais neste momento.