A ordem de início para elaboração do plano geral do prédio da antiga Maesa, em Caxias do Sul, foi assinada na manhã desta quinta-feira (25). O prazo para a Vazquez Arquitetos, empresa contratada pela prefeitura para realizar o trabalho, é de 120 dias. O custo para a contratação foi de R$ 322 mil. O plano irá indicar, por exemplo, quais são as áreas que precisam de intervenções, como recuperação e restauro, além de apontar qual uso poderá ser dado a cada espaço.
Na reunião virtual para assinatura do contrato, que teve a participação de representantes de diversos setores envolvidos com a Maesa, o prefeito Adiló Didomenico contou que faz tratativas com o Estado para alterar o contrato de cedência do prédio com o objetivo de que posteriormente ele possa ser alvo de uma parceria público-privada, mas não detalhou como isso ocorreria. Destacou ainda que esta etapa é resultado do trabalho desenvolvido ao longo de diversas gestões públicas, ao lembrar que o Estado cedeu o edifício ao município em 2014:
— Nós estamos assinando um ato que foi construído a várias mãos. Estamos dando forma agora a um projeto que já vem sendo construído há algum tempo.
Representante da empresa contratada para fazer o plano, Matias Vazquez recuperou a história da Maesa, destacando a importância da empresa para a colocação de Caxias como um polo metalmecânico no país. Afirmou também que esta etapa de elaboração do plano geral é necessária para garantir que o edifício será usado para atender demandas da cidade:
— Não adianta a gente transformar o edifício e ele se transformar, quem sabe, em um elefante branco, porque a gente não planejou.
A secretária do Planejamento, Margarete Bender, destacou que um dos pilares para o uso da Maesa é a interação da comunidade com o prédio histórico e ressaltou que isso exige recursos, que podem partir da iniciativa privada:
— A apropriação pela comunidade requer investimentos permanentes, não só de adequação de manutenção — disse.
Em entrevista após a reunião, Margarete afirmou que a ideia de parcerias com empresas tem o objetivo de garantir a sustentabilidade financeira, um dos itens previstos pelo Estado para que o prédio fique aos cuidados do município. No entanto, ela salientou que ainda vai ser avaliada a real necessidade dessas parcerias e como elas poderiam ocorrer. Além disso, explicou que a prefeitura analisa juridicamente a adequação de cláusulas contratuais com o Piratini para que isso ocorra.
Depois de concluído o plano geral, a fase seguinte envolve as obras de infraestrutura que serão apontadas no documento. Por enquanto, parte do maquinário da Voges, última empresa a ocupar a estrutura, permanece no local enquanto são realizados leilões dessas peças.