O complexo da Maesa, em Caxias do Sul, terá mais uma área ocupada a partir de julho de 2021. Um espaço de cerca de 1,4 mil metros quadrados abrigará a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), que atualmente funciona em um prédio alugado na Avenida Ruben Bento Alves, no bairro Cinquentenário. Desde 2017 a Maesa já é o endereço da Divisão de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural (Dipahc), da Secretaria da Cultura, e de um posto da Guarda Municipal.
Ao contrário dos dois departamentos já em atividade, que ficam na face da Rua Plácido de Castro, a Semma ocupará uma área com acesso pela Rua Dom José Baréa, mais próxima ao cruzamento com a Rua Pedro Tomasi. No espaço, funcionavam o refeitório, os vestiários e o ambulatório da metalúrgica. A transferência da estrutura e dos 150 servidores depende de reformas que serão realizadas pela Codeca. O contrato, no valor de R$ 403 mil, já foi assinado e o início das obras, que devem durar seis meses, deve ser autorizado na próxima semana.
— Vamos ter três grandes volumes. Um vai abrigar o corpo técnico, como fiscais e setor de Parques, Praças e Jardins (PPJ). Outro terá a recepção e o terceiro é o auditório, onde poderão ser realizadas reuniões. Hoje são salas fechadas e vai passar a ser tudo aberto — revela o secretário do Meio Ambiente, Nerio Susin.
De acordo com a gerente de projeto da Maesa, Rubia Frizzo, a reforma será principalmente para adequação e terá o objetivo de resgatar as características industriais do setor que abrigará a Semma.
— Não são obras muito grandes. São o restauro do forro, adequação elétrica, hidráulica e movimentação de algumas paredes. A intenção foi resgatar a ideia de espacialidade, até para aproveitar que é um pavilhão industrial. É um prédio mais administrativo, com o pé direito rebaixado que vai ser retirado para dar mais cara de pavilhão — explica.
A mudança de endereço permitirá ao município economizar R$ 26 mil mensais em aluguel pago na atual sede da Semma. Além disso, a Maesa permite adequações estruturais, que teriam custo de R$ 500 mil a R$ 1 milhão se fossem realizados no imóvel ocupado hoje. Entre as adequações estão saídas de emergência e rampas para acessibilidade.
— Na Maesa, por serem prédios horizontais, é mais fácil de tornar acessível — observa Rubia.
Além da Semma, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) e a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS) também preparam transferência para a Maesa. A mudança, contudo, ainda está em fase de pré-projeto, em que as pastas levantam quais necessidades precisam ser atendidas no novo endereço. Apesar de ainda ter poucos espaços ocupados, Rubia revela que o complexo tem sido cenário para a gravação de curtas e clipes musicais. Já para 2021 também estão previstos eventos que ainda estão em fase de aprovação.
Análise completa
A prefeitura de Caxias do Sul está em fase final de contratação de uma empresa para a elaboração do chamado masterplan da Maesa. O trabalho consiste em analisar todos os espaços detalhadamente para verificar qual o uso adequado para cada setor, além de verificar as condições de cada prédio do complexo. A elaboração do plano é um passo importante para a implantação efetiva de todas as atividades previstas no plano de ocupação.
A transferência da Semma, contudo, ocorrerá antes do estudo porque a avaliação do setor que será utilizado já foi realizada por técnicos do município. A mudança, inclusive, já foi aprovada pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc), de acordo com o secretário Nerio Susin. Entre os motivos para a análise separada, segundo Rubia, está o fato de a área ter características mais administrativas.