O prédio da Maesa, em Caxias do Sul, passará por um estudo arquitetônico para definir como se dará a ocupação de cada espaço e quais intervenções podem ser realizadas sem descaracterizar o imóvel, que é tombado pelo Patrimônio Histórico.
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Chamado de Plano Master, o levantamento está em fase de contratação pelo município e precisará ser conduzido por um escritório de arquitetura com experiência na área de restauro.
Os responsáveis pelo estudo precisarão realizar um zoneamento, indicando os possíveis usos para cada área, com base nas atividades já definidas que serão implantadas no prédio. Além disso, deverão indicar o tipo e o grau de intervenção, definindo, por exemplo, onde deve ser realizado restauro e onde deve ocorrer adaptação para novo uso (retrofit). Outros pontos a serem levados em conta dizem respeito a viabilidade de instalações elétricas, hidrossanitárias e redes de comunicação, entre outros, além da elaboração de normas para eventuais construções e reparos emergenciais no prédio.
Conforme a gerente de projeto da Maesa, Rubia Frizzo, o município já tem internamente um estudo informal apontando onde cada equipamento, como o mercado público e as secretarias, podem ser instalados. Contudo, é necessário um levantamento elaborado por profissionais especializados para que a ocupação ocorra da maneira adequada.
— O prédio passa a ter um plano geral arquitetônico. O que temos hoje é um plano diretor de quais serão as ocupações e como elas devem acontecer. É um trabalho muito técnico que vai dar as diretrizes para a ocupação — define.
De acordo com Rubia, a partir dos apontamentos do Plano Master, o município irá encaminhar concursos arquitetônicos para definir a estética e o formato de alguns equipamentos que serão instalados na Maesa. O primeiro deles será do mercado público, que deve ser lançado ainda neste ano.
— A prioridade de ocupação definida pelo prefeito é a transferência das secretarias, porque desonera o setor público, a liberação das áreas externas e o mercado público. Claro que nem todos os equipamentos passarão por concurso, as secretarias, por exemplo, não precisa, mas vamos realizar vários — revela Rubia.
A previsão é que o escritório responsável pelo estudo seja conhecido em julho e o trabalho, orçado em R$ 460 mil, seja realizado no período de quatro meses. O fato de parte do prédio ainda abrigar parte do maquinário da empresa Voges não deve atrapalhar o levantamento, segundo Rubia, porque 70% da área já está desocupada.
— A retirada está prevista com um leilão em agosto. Também estamos falando com o juiz para manter uma máquina como acervo para marcar a história daquela área — destaca.