Em entrevista coletiva virtual na manhã desta terça-feira (23), o prefeito Adiló Didomenico disse que Caxias do Sul vive o pior momento da pandemia. A cidade chegou a 95% de ocupação de leitos de UTI adulto na rede pública. A informação foi repassada pelos hospitais à Secretaria Municipal de Saúde no começo desta manhã, durante reunião do Gabinete de Crise. Contudo, no painel que reúne dados da covid-19, até 14h30min o percentual de ocupação era de 88,3%. A secretaria está buscando a possibilidade de a rede privada ceder leitos ao município.
– O momento é muito grave. É o pior momento desde que começou a pandemia em março do ano passado. Hoje ou amanhã (quarta) devemos firmar convênio para mais cinco ou seis novos leitos. É o que esperamos para ter uma folga – declarou Adiló.
Diante do avanço dos casos da doença, a prefeitura também vai retomar, a partir desta terça, a sanitização de espaços públicos. Além disso, a fiscalização será intensificada também durante a semana em relação ao fechamento de estabelecimentos entre 20h e 5h e ao cumprimento das regras estabelecidas no sistema de cogestão que permite que Caxias adote as medidas previstas para a bandeira vermelha, mesmo tendo sido classificada como preta. Ainda estará no radar dos fiscais estabelecimentos que permitirem a entrada de mais de uma pessoa da mesma família, prática que voltou a ser constatada nos últimos tempos.
A prefeitura deve definir entre esta terça e quarta o futuro da Festa das Colheitas, marcada para ocorrer de 5 a 28 de março nos Pavilhões da Festa da Uva.
Sobre o retorno às aulas da rede municipal, o prefeito disse que fica mantido o calendário de retomada no dia 15 de março, mas que o cenário será reavaliado no início de março conforme a situação da cidade. Sobre a entrega de materiais às famílias dos alunos que estava prevista para o dia 25, a Secretaria de Educação entrará em contato com os pais para fazer um agendamento e, com isso, evitar acúmulo de pessoas nas escolas. O funcionamento das escolinhas da Educação Infantil e do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental será permitido como previsto pelo governo do Estado.
Em relação ao transporte público, Adiló falou que será mantida a lotação de 50% de passageiros e que o município seguirá fiscalizando, como já tem feito.
Quanto à longa espera por atendimento que tem sido registrada na última semana na tenda que fica em frente à UPA Central, Adiló disse que se deve à crescente procura por parte dos usuários e que o município esbarra na falta de profissionais para ampliar a equipe.