A macrorregião Serra continuará em bandeira vermelha contra o coronavírus pela sexta semana seguida. Após o anúncio do mapa preliminar do modelo de Distanciamento Controlado, a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) decidiu não recorrer da decisão do Governo do Estado. Contudo, o presidente da entidade, José Carlos Breda, afirma que pretende propor mudanças nos critérios.
O mapa provisório da 35ª rodada, divulgado na sexta-feira (1° de janeiro), definiu a maior parte do Rio Grande do Sul como risco alto de contágio do coronavírus e que devem seguir as regras da bandeira vermelha. A pior situação é da macrorregião de Bagé que voltou à bandeira preta.
Conforme o relatório do governo do estado, os indicadores estão melhorando na macrorregião de Caxias do Sul. Os registros de hospitalizações confirmadas para covid-19 nos últimos sete dias (25 a 31 de dezembro de 2020), por exemplo, tiveram redução de 44%, passando de 157 para 88. O número de 63 óbitos, porém, foi 19% maior que o da semana anterior (53 óbitos).
A reclamação da Amesne é sobre as mudanças de critérios para classificação das bandeiras. Por isso, a entidade decidiu preparar estudos para propor um debate com o governo estadual.
— Consideramos que o estado mudou o critério de cálculo, o que nos empurrou para a bandeira vermelha pois o tínhamos o indicador de 1,48 e mudou o critério de avaliação mesmo encerrada a semana; consideramos que os novos prefeitos que estão assumindo com novas equipes; que o modelo de cogestão que está em vigor e razoavelmente os municípios têm se adequado; e que o momento de que estamos passando, que ainda merece cuidados. Então, mesmo com possibilidade de reversão, decidimos que não faremos o recurso desta vez — manifesta Breda.
A Amesne alega que falta embasamento científico nas mudanças de critérios. Um dos pontos de controvérsia é a utilização de internações em leito clínico para a classificação das bandeiras.
— Estamos fazendo estudos e iremos sugerir que o Governo do Estado revise esta mudança sem discutir, sem embasamento científico e que foi contra o que nós da Amesne estamos sugerindo aos prefeitos fazerem. O que nós recomendamos é que o tratamento seja feito logo, não se aguarde o agravamento, o que significa ir para um leito clínico. Nestes (leitos) ainda há muitas vagas (na Serra) — argumenta.