O painel do governo do Estado de monitoramento à covid-19 nos municípios gaúchos indicou melhora nos índices de internações em leitos de UTIs na Serra em atualização neste sábado, às 15h06min. A região registra ocupação de 79,65%, a menor desde pelo menos o dia 12 de dezembro — data mais antiga que consta no painel. Há uma semana, por exemplo, no dia 19, a Serra totalizava 82,3% de ocupação. No dia 16, há dez dias, o índice alcançava 88,8%.
No total, são 371 internações entre casos confirmados e suspeitos da doença: 140 pacientes em UTIs (SUS e privadas) são confirmados e 21 suspeitos, totalizando 161 em potencial. Já de 208 pacientes internados fora da UTI, 164 testaram positivo e 44 aguardam resultado. Ao todo, são 304 internações confirmadas (em UTIs e fora) e 67 casos suspeitos.
Dos 848 leitos dedicados ao tratamento de covid-19 na rede hospitalar da Serra, 208 estão ocupados (24,5% ). A preocupação é justamente o agravamento desses casos, pois, dependendo do volume de aceleração e ingresso de novos diagnosticados, a rede seria insuficiente para absorver a demanda novamente.
Entre as quatro maiores cidades da Serra, Caxias do Sul foi a única que teve aumento de ocupação no comparativo de uma semana: no dia 19 registrava 85,6% e neste sábado 86,2%.
Bento Gonçalves reduziu de 84,4% (19/12) para 80% (26/12); Farroupilha foi de 50% para 45% e Vacaria, cuja situação era a mais alarmante, diminuiu de 100%, do dia 19, para 86,7%.
Recorde de pacientes no Natal no Estado
Apesar de nítida melhora no mapa de distanciamento controlado do governo do Estado na sexta-feira de Natal, o Rio Grande do Sul também registrou recorde de 986 pacientes internados por coronavírus em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), o maior número desde o início da pandemia, segundo dados do Gabinete de Crise. Na sexta-feira passada, eram 935 pessoas.
Em quase todas as regiões, registrou-se crescimento no número de pacientes com coronavírus internados em UTIs ao longo da semana. A piora mais acentuada ocorreu na Serra (aumentou em 18% o número de internados por covid-19 em uma semana).
Por outro lado, uma queda percebida nas enfermarias é prenúncio de melhora nas UTIs dentro de duas semanas. Mas o receio, tanto pelo governo quanto por médicos, é de uma explosão de casos, internações e mortes após as festas de Natal e Ano-Novo a ponto de causar o colapso do sistema hospitalar. Assim, a melhora nas enfermarias pode não ser o suficiente para, nos dias seguintes, abrir espaço para tratar a nova leva de internações. (GZH)