A retomada da pavimentação do lado gaúcho da BR-285, no Campos de Cima da Serra, já tem R$ 12,1 milhões garantidos do total de R$ 72 milhões previstos para a conclusão da obra. O repasse dos recursos de emendas parlamentares foram confirmados nesta segunda-feira (14) com a publicação no Diário Oficial da União (DOU) da homologação da licitação. O registro confirma a empresa vencedora do certame.
Até então, o valor inicial estava previsto no orçamento de 2020, mas dependia da homologação até o dia 31 de dezembro para que efetivamente fosse confirmado. Com a publicação, o processo licitatório está encerrado e não há mais possibilidade de recursos. Agora, é necessário apenas a assinatura do contrato para que as equipes que vão atuar na obra comecem a se mobilizar.
— Em princípio deu tudo certo. Se alguém quiser questionar alguma coisa, agora tem que ir à Justiça, mas acreditamos que isso não vai ocorrer — comemora Adalberto Jurach, engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit) responsável pela BR-285 na Serra.
A confirmação dos recursos torna mais realista o prazo do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, de retomar as obras no início de 2021. Isso porque, após a assinatura do contrato, a movimentação das máquinas vai depender apenas do plano de trabalho apresentado pela empresa. O processo de contratação prevê que a empreiteira também atualize os projetos de construção da estrada. Essa verificação dos documentos pode ocorrer antes do canteiro de obras ser montado ou de forma simultânea. Seja qual for a opção da empresa, a obra precisa estar finalizada dentro de dois anos. Para isso, contudo, o DNIT também deve captar os R$ 60 milhões restantes.
Além do asfaltamento em pista simples de um total de 8,87 quilômetros pendentes no lado gaúcho, o edital prevê a construção de duas interseções (acessos), dois viadutos de passagem para a fauna e uma ponte com 400 metros de comprimento e 60 metros de altura sobre o Rio das Antas.
Quando estiver concluída, a BR-285 vai formar um corredor estratégico, cruzando todo o Rio Grande do Sul. Em São Borja, na fronteira oeste, a rodovia vai se interligar com estradas argentinas, permitindo uma ligação rodoviária entre o porto de Imbituba, em Santa Catarina, e o porto de Antofagasta, no Chile. O lado catarinense da estrada está em construção na Serra da Rocinha, no município de Timbé do Sul. Dos 22 quilômetros em obras, oito foram liberados ao trânsito em outubro.
