Apesar das 8 mil mortes por covid-19 no Estado e das altas taxas de ocupação de leitos de UTI nos hospitais, as prefeituras da Serra precisaram intensificar ainda mais as fiscalizações de estabelecimentos que têm sido denunciados por descumprirem as normas de prevenção sanitárias. Conforme dados do Painel Covid, da Secretaria Municipal da Saúde de Caxias do Sul (SMS) até domingo eram 1.365 casos ativos de covid-19, com 77,29% de ocupação total de leitos, incluindo UTIs adulto e infantil, em hospitais privados e públicos. Até a última atualização, Caxias registrava 263 óbitos.
As ações de fiscalização são realizadas, em Caxias, pela Operação Dispersão, composta por fiscais da Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU), Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde, Secretaria do Meio Ambiente com o apoio da Fiscalização de Trânsito, Guarda Municipal e Brigada Militar.
Na madrugada de sábado, 17 locais foram vistoriados nos bairros Centro e Fátima, em Caxias do Sul. Três deles foram interditados, nove notificados por consumo de bebida alcoólica e cinco receberam advertências verbais para adequação aos decretos municipais. Dos 17 estabelecimentos visitados, apenas dois respeitavam as normas vigentes. Uma das empresas teve ainda o alvará cassado por realizar uma festa clandestina em Caxias. Os flagrantes também aconteceram na madrugada de sábado.
Novas fiscalizações foram realizadas na madrugada de domingo. No bairro Exposição, uma denúncia levou os fiscais a uma festa clandestina com cerca de 50 pessoas. Dezessete deles eram menores de idade e foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Civil para registro e só foram liberados na presença dos responsáveis. Mais tarde, a fiscalização dispersou uma aglomeração de cerca de 30 jovens em um loteamento sem moradia na região do Distrito Desvio Rizzo. O grupo estava com veículos com som potente e ingerindo bebida alcoólica.
A SMU interditou dois locais nos bairros De Zorzi e Cruzeiro por descumprimento dos decretos, cassou o alvará de um estabelecimento no Santa Catarina, emitiu duas notificações, de novo de Zorzi e em São Pelegrino. Além disso, advertiu três proprietários para se adequarem às regras. Quatro locais denunciados estavam fechados na hora da fiscalização.
Abordagens a motoristas
Durante todo o final de semana, dezenas de motoristas foram abordados. Apenas na madrugada de sábado, oito condutores parados na blitz estavam sob efeito de álcool. No entanto, nenhum deles foi preso em flagrante por atingir índice superior a 0,33 miligrama de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões. No total, a ação realizou 18 autuações de trânsito e recolheu um automóvel e oito documentos.
A blitz realizada nos bairros Exposição e Desvio Rizzo flagrou mais de 55% dos condutores dirigindo sob a influência de álcool, nenhum deles foi preso em flagrante. Na madrugada de domingo, foram emitidas outras 28 notificações por consumo de bebida alcoólica e oito por não uso de máscara.
Festas clandestinas em Flores da Cunha e Nova Bassano
Mais de 50 pessoas foram abordadas pela Brigada Militar de Flores da Cunha na madrugada de sábado para domingo. Durante a operação, foram realizados patrulhamentos e fiscalizações em bares, restaurantes e lojas de conveniência e abordagens em locais com aglomerações no Centro e bairros do município. Foram emitidos quatro boletins, dois por Perturbação e, dois, por descumprimento de medida de segurança.
Já em Nova Bassano, no sábado à noite, durante fiscalização em uma boate que foi alvo de denúncias referentes ao descumprimento de medidas preventivas à covid-19, foram flagradas cerca de 50 pessoas aglomeradas. Além disso, três pessoas foram presas e houve a apreensão de 65 buchas de cocaína e 2 porções de maconha, R$ 12.320,00 em espécie; cinco aparelhos celulares, três câmeras de monitoramento, uma máquina de cartão, uma máquina de choque, televisores e notebook.
Foram presos o proprietário do estabelecimento, um segurança e um frequentador. Todos foram encaminhados à delegacia de Polícia Civil de Nova Prata para a lavratura do auto de prisão em flagrante, sendo recolhidos ao presídio Estadual de Nova Prata o dono da boate e o cliente. O segurança foi liberado após o registro.
