A aposta da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) é de que o governo do Estado endosse novas propostas de regras para a região da Serra nesta segunda-feira (21). Segundo o presidente da Amesne, José Carlos Breda, projetos com normas diferenciadas para cogestão dos municípios foram encaminhados ao Piratini na sexta-feira (18). O novo modelo de cogestão será de regras intermediárias para as bandeiras vermelha e preta.
— Estamos em contato com o governo do Estado para possíveis ajustes e possivelmente na tarde desta segunda-feira teremos um modelo intermediário. Os municípios que pretenderem aderir precisam publicar um decreto adotando esse modelo de cogestão — afirma.
Os setores que sofreriam mudanças não são divulgados até a aprovação do Estado porque o entendimento da Amesne é de que iria gerar confusão na população. Questionado sobre as regras intermediárias refletirem em um maior número de contágio, o presidente entende que a decisão será dos prefeitos.
— Da mesma forma que hoje alguns adotam bandeira laranja em classificação do Estado vermelha porque não possuem internação nem óbito. Vai do prefeito utilizar ou não, dependendo da situação do seu município. Quem mais conhece o município é o prefeito e o secretário de saúde, eles saberão se caberá ou não esse ajuste — considera.
Bandeira preta é possibilidade
De acordo com o presidente da Amesne, a associação não descarta que a Serra poderá ser classificada em bandeira preta nas próximas semanas.
— Existe essa possibilidade. Na semana passada essa era a tendência! — afirma.
No anúncio da sexta-feira (18), a região de Caxias do Sul foi mencionada pelo governo do Estado entre aquelas com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias por local de residência do paciente. A Amesne mais uma vez não apresentou recurso para que o Piratini reconsiderasse a classificação para a cor laranja.