Os casos de urgência e emergência por síndrome respiratória aguda grave e até mesmo de internação com sintomas do coronavírus reduziram no Hospital Pompéia, de Caxias do Sul, nas últimas duas semanas. É o que afirmou a superintendente da instituição, Lara Sales Vieira, em entrevista ao Gaúcha Hoje da rádio Gaúcha Serra nesta segunda-feira (25).
Ouça a entrevista na íntegra:
Segundo ela, a taxa de ocupação geral do Pompéia está entre 40% e 50%. A avaliação é que a situação em relação à pandemia de coronavírus está sob controle no hospital, que é um dos principais da região. Estão internados um paciente com caso confirmado e um suspeito.
— Hoje, a situação, especificamente para nós, o Pompéia, é bastante controlada, o que eu acredito que espelha o município como um todo. Isso ocorre diante das ações que foram rapidamente tomadas, como a questão do isolamento e de alguns testes de controle sendo executados. Também, toda a comunidade dos sistemas hospitalares foram adequando seus protocolos de forma a tentar não expor o seu profissional de saúde, esse grande herói da luta contra a pandemia, também uma comunidade que nós temos procurado proteger e ter muito zelo por estar na linha de frente atendendo esses pacientes — comenta.
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Lara considera que ainda não é possível dizer o pico de casos em Caxias já ocorreu, mas salientou que a situação, considerada favorável por ela neste momento, é resultado também das ações individuais, como o uso de máscaras e a higienização das mãos. Por isso, recomendou que essas medidas sejam mantidas pela população.
A superintendente afirmou ainda que, além dos casos de urgência e emergência e os de covid-19, o Pompéia retomou parcialmente os procedimentos eletivos.
— Nós estamos, sim, com bastante critério, mas estamos realizando algumas cirurgias eletivas, exames de imagem, outros procedimentos, que não necessariamente irão impactar em risco ao nosso paciente – explica.
Com a suspensão de parte dos atendimentos que não são urgentes, o Pompéia registrou redução na taxa de ocupação, o que impacta no orçamento da instituição. Lara salientou que um dos principais desafios será manter a sustentabilidade financeira do hospital, sem o fechamento de serviços. Além disso, ela comentou que essa redução de atendimentos possibilitou a disponibilização de mais leitos para o poder público sem necessidade de montagem de estrutura para um hospital de campanha.
O Pompéia também aguarda a destinação de 10 leitos de UTI que seriam enviados pelo governo federal. Até agora, não há informações de quando os equipamentos chegarão.
Obras paradas
A construção de um centro clínico e um estacionamento vertical, que tinham previsão de ficarem prontos até abril do ano que vem, está suspensa. Com isso, o Pompéia não tem um cronograma de entrega. Conforme Lara, a definição só será possível após o fim do período mais crítico relacionado ao pandemia.