Na tarde desta quarta-feira (15), o Rio Grande do Sul passará a ter novas medidas para contenção do contágio pelo novo coronavírus. Apesar de o governo não antecipar se serão de afrouxamento das restrições ou de maior rigor, nos bastidores especula-se que o novo decreto flexibilize funcionamento do comércio, por exemplo.
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O anúncio do governador Eduardo Leite ocorrerá a partir das 15h, direto do Palácio Piratini, por meio de live em rede social, após a divulgação dos resultados da pesquisa realizada pelo Estado em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e outras instituições. O estudo teve como base a aplicação de testes para detecção da covid-19 em nove cidades gaúchas, entre sábado e segunda-feira. A secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, e o reitor da UFPel, Pedro Rodrigues Curi Hallal, participarão da apresentação do estudo.
A pesquisa tinha a meta de realizar 4,5 mil testes em Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria, Passo Fundo, Porto Alegre, Canoas, Ijuí, Santa Cruz do Sul e Uruguaiana. O foco é mostrar como o vírus está se espalhando pelo Rio Grande do Sul, mas nesta parcial deve trazer dados preliminares.
O estudo tem quatro etapas, sendo realizadas a cada 15 dias. A população é escolhida ao acaso, em cerca de 500 residências por cidade. Em cada local, uma pessoa da família é escolhida para realizar o exame. Caso dê positivo, os demais moradores da casa também passam pela prova.
O Estado disponibilizou cerca de 20 mil testes rápidos, mas eles têm alguns pontos específicos. Os exames apontam se o organismo já criou anticorpos para a covid-19, ou seja, a pessoa precisa estar sintomática em cerca de sete dias ou mais. O objetivo é que, a partir da segunda rodada, já se tenha um quadro melhor sobre o comportamento e a circulação do vírus no território gaúcho.
Como não existe a possibilidade de testar toda a população, serão os números desta pesquisa que darão uma ideia de quantas pessoas contraíram o vírus. Por enquanto, os estudos apontam que a cada 100 contaminados, mais de 80% tenham sintomas leves e os demais serão acometidos com a doença de forma mais grave.