Dados atualizados sobre a situação de moradores de rua foram divulgados pela Fundação de Assistência Social (FAS) na manhã desta sexta-feira (7) na prefeitura de Caxias do Sul. Conforme os números de 2019, 741 pessoas moravam nas ruas da cidade. Deste total, 611 são cadastradas na FAS e o restante é de pessoas identificadas por técnicos da fundação, mas ainda sem efetivação do cadastro da entidade. Das mais de 700 pessoas, 89,90% são homens e 10,20% mulheres. Os número são do Cadastro Único da FAS.
O cenário em 2016 apontava 249 pessoas em situação de rua, sendo 92% homens. Segundo a FAS, apenas 20 pessoas integravam o cadastro no ano de 2012. Chama a atenção a faixa de idade da maior parte do público atingido: 60% do grupo tem entre 18 e 39 anos, segundo registros de 2019.
— É alarmante! Não podemos considerar normal. Os mais jovens vão para as ruas por conta do vício e o abandono da família, que já cansou de tentar ajudar. O desemprego é outro fator e há situações de cunho amoroso que resulta em depressão — diz a presidente da entidade, Marlês Sebben. Ela também ressaltou que é significativa a vinda de pessoas de Porto Alegre e Região Metropolitana.
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Caxias do Sul conta atualmente com 80 vagas em abrigos. Um deles é a Casa de Passagem Carlos Miguel dos Santos, localizada no bairro Fátima, e o outro é a Casa de Acolhimento São Francisco, no bairro Cinquentenário.
Entre as ações apresentadas pela FAS, está o foco em oferecer oficinas de capacitação. De acordo como Marlês, está em estudo a abertura de uma República para acolhimento de jovens. A ideia também é abrir ao menos duas casas-lares para idosos ainda neste ano.
O Centro POP Rua, responsável por regular as vagas nos dois abrigos, deverá ser transferido de local. Hoje localizada na Rua Duque de Caxias no bairro Madureira, a estrutura deverá ser instalada na área central de Caxias do Sul.