Os atuais permissionários das bancas de jornais e revistas de Caxias do Sul receberam as chaves dos espaços e assinaram o termo de uso dos quiosques na manhã desta segunda-feira (30). A entrega ocorreu durante sanção do projeto de lei que torna as bancas patrimônio imaterial do município.
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Na solenidade, Rogério de Mello, 66 anos, falou em nome dos demais proprietários. Há 40 anos, completados em novembro, ele mantinha a banca de revistas na Avenida Júlio de Castilhos, na Praça João Pessoa, em São Pelegrino.
— Estamos emocionados e felizes. Quero agradecer ao Legislativo que trabalhou incansavelmente para que as bancas voltassem a funcionar. O mais importante é que a comunidade encontre esses espaços abertos e que as bancas, que são parte da cultura, voltem a fazer parte da rotina dos caxienses. Agora vamos retomar a história que foi descaracterizada — afirmou.
Emocionada, Ivana Francescato, 64, que desde agosto atende os clientes em um espaço familiar na Rua Tronca, retomou as chaves da banca que ocupou por mais de três décadas no Largo da Prefeitura.
— Retomei a minha vida. Estou feliz, emocionada e aliviada de poder voltar. Quando saímos fui pega de surpresa pela decisão e fiquei sem chão. Vou avaliar o que precisa ser feito e reabrir o mais rápido possível— garante ela.
Roque Simas, 56, proprietário há 32 anos da banca situada na Rua Marechal Floriano, próximo da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central 24 Horas, pretende repassar o ponto que estava ocupando na Estação Rodoviária de Caxias, e reassumir o espaço:
— Vou ver como está a situação e o que é preciso para reabrir a banca. Até ajeitar tudo vou continuar na rodoviária, mas preciso voltar para o meu ponto e à minha clientela_ comemora ele.
Proprietária da banca da Ana, na Praça Dante Alighieri, Ana Furlan, também não escondia a emoção em retomar o espaço:
— Senti que estava perdendo tudo quando saímos. Minha vida parecia estar indo embora. Estou feliz em poder voltar, e ainda indignada por ter sido acusada de não pagar água e luz pelo município. Tenho todos os comprovantes comigo. Os cabos foram soterrados, por isso não aparecem na praça, e isso porque o município determinou que fosse assim, mas sempre pagamos pelos serviços.
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