A Secretaria de Logística e Transportes do Estado estuda contratar uma avaliação técnica sobre a encosta que desmoronou na ERS-122 para definir se haverá ou não implantação de uma contenção no local e que tipo de medida deverá ser adotada.
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Nova detonação de pedras na ERS-122 ocorre e trânsito pode ser liberado nesta quarta-feira
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Alargamento de pista onde houve queda de barreira, na ERS-122, em Farroupilha, é finalizado
É preciso redobrar os cuidados ao trafegar na ERS-452, em Caxias do Sul
Na semana passada, a mesma pasta havia informado que o estudo não seria feito nesse momento em função do alto custo do trabalho e da falta de recursos. E que a prioridade era aplicar verbas em obras que estão próximas da conclusão. Após pedido do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) diante da situação da encosta, na tarde desta quarta, a secretaria, por meio da assessoria de comunicação, disse que a contratação do serviço será analisada assim que a limpeza terminar. A nota diz que "uma equipe de engenheiros e geotécnicos esteve hoje no local" e que "e momento, não há condições técnicas para dar início a um estudo de contenção, uma vez que é necessário, primeiramente, remover o material que desmoronou para analisar a real situação do maciço. Após esse procedimento é que será possível avaliar a abertura de um estudo de contenção e em quais parâmetros ele será elaborado."
A estrutura de contenção serve para reforçar o barranco e impedir deslizamentos. Esse seria um trabalho mais demorado porque depende de projeto.
- Nas rendas das pedras está cheio de material orgânico, de barro. A chuva retira esse material e solta a pedra. Foi o que ocorreu, ela desceu inteira - explica o diretor de Operação Rodoviária do Daer, Sandro Wagner.
Nesta tarde, foi necessária nova detonação das rochas que caíram sobre a pista. Além disso, houve um novo deslizamento e, com isso, a liberação do trânsito pode não ocorrer nesta quarta.
Caso seja liberado, o trânsito no km 43 será permitido em duas das três faixas da rodovia. Isso só deve ocorrer quando for concluída a remoção dos fragmentos das pedras detonadas. A terceira faixa, mais perto da encosta, seguirá fechada porque foi a mais atingida pela queda de barreira. O asfalto foi danificado e precisará ser recuperado em uma segunda etapa das obras. Dessa forma, o fluxo será liberado na pista de descida e em uma de subida. A faixa adicional, construída no acostamento durante as obras de liberação, será utilizada como um refúgio. Na faixa bloqueada, as equipes vão espalhar pedras menores, que era utilizadas na construção de uma rampa para as máquinas acessarem a encosta.
- Elas vão servir para amortecer se alguma outra pedra cair. Vai precisar de alguns cuidados para passar. Com chuva, por exemplo, o cuidado terá que ser redobrado e também não precisa passar a 10km/h para olhar porque senão vai congestionar - alerta Wagner.
Uma sinalização provisória será aplicada no trecho e os motoristas também deverão trafegar com velocidade menor devido ao trânsito modificado. A equipe da Encopav, empresa contratada pelo Daer para a manutenção da ERS-122 na Serra, seguiu à tarde com o trabalho de limpeza dos fragmentos de rochas detonadas desde segunda-feira (11). Além da detonação desta tarde houve outra pela manhã no que restou da maior rocha que desceu a encosta. Com peso estimado entre 1,5 mil e duas mil toneladas, foram necessárias três cargas de explosivos para quebrar a pedra completamente.