A chuva que atinge a Serra na manhã desta quarta-feira (27) impede a continuidade das perfurações no alto da encosta no km 43 da ERS-122, em Farroupilha. O motivo é a instabilidade no terreno, que não oferece segurança suficiente para a atuação das equipes sob mau tempo. Como o solo fica lamacento com a chuva, o principal risco é que a perfuratriz e os funcionários sejam arrastados para baixo do penhasco.
Outra preocupação é com a estabilidade da própria rocha, que será removida justamente pelo risco de queda. Como a infiltração de água resultou na queda da primeira barreira, existe o temor de que a chuva facilite um novo deslizamento. Ao longo da manhã, operários da obra aguardavam a chuva amenizar para iniciar o trabalho, mas as pancadas se intensificaram a partir das 11h.
Leia mais
Vazamento de óleo atrasa perfurações em encosta da ERS-122, em Farroupilha
Trabalho na ERS-122, na Serra, é retomado, mas ainda não há previsão de liberação da rodovia
Liberação da ERS-122 vai custar R$ 2 milhões, diz secretário Juvir Costella
Até agora, o funcionário da empresa DKV Perfurações, responsável pela operação da perfuratriz, realizou 19 aberturas na rocha, com profundidade de 12 a 15 metros. Sete foram concluídas na segunda-feira (25) e outras 12 na terça-feira (26), quando trabalho ficou paralisado por toda a manhã devido a um vazamento de óleo lubrificante no gerador da máquina. As perfurações foram retomadas às 11h45min e seguiram até o início da chuva, por volta das 17h30min. Como o expediente termina pouco depois deste horário, o trabalho à tarde avançou sem grandes prejuízos.
As perfurações realizadas até o momento ficam na ponta norte da encosta, onde fica a maior parte das rochas que ameaçam cair. A ponta sul, onde fica o ponto que deslizou originalmente, também teve deve receber os furos para implantação de explosivos.
Em entrevista coletiva na segunda-feira, diretores do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) afirmaram que as detonações serão realizadas até o fim da semana. Após esta etapa, será necessário remover as rochas fragmentadas da pista e recuperar o asfalto danificado pela barreira que caiu no dia 4. Os danos ocorreram principalmente na terceira faixa. Por conta disso, ainda não há previsão de liberação do trânsito na rodovia. Uma contenção na encosta só deve ser construída em 2020.
Leia também
Trânsito é liberado na ERS-122 em Antônio Prado após remoção de carreta
Licitação não garante fim do monopólio do transporte coletivo em Caxias do Sul
