Entre interrupções e liberações, o trânsito na Rua Bento Gonçalves com a Treze de Maio, no centro de Caxias do Sul está em obras há quase três meses. A projeção é que o fluxo seja liberado daqui a duas semanas, se houver tempo firme. Por enquanto, a intervenção no cruzamento, projetada pela Secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade e executada pela Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca), está sendo questionada por moradores. Eles reclamam do prazo para a entrega, dos transtornos em função do bloqueio e do resultado.
Os trabalhos no local começaram no final de março e, em função deles, períodos de interrupção total de veículos que seguiam na Bento em direção a Zona Leste e restrições de fluxo para quem trafega pela Treze, sentido Sul-Norte. Cenário que os condutores encontram atualmente na interseção.
A obra foi planejada pela prefeitura, segundo o secretário de Trânsito, Cristiano de Abreu Soares, para dar mais segurança a motoristas e pedestres.
– Quem sobe a Bento teria dificuldade de perceber os carros que estavam vindo pela Treze. Outro ponto era melhorar a travessia para quem está a pé pela Treze e queria atravessar a Bento. Temos uma condição de topografia ali, que faz com que os motoristas imprimam uma velocidade mais alta para subir a Bento. Com isso, o risco de colisão e de atropelamento era muito grande. Tínhamos que arrumar uma maneira de diminuir a velocidade (dos veículos). O que se busca, com isso, é melhor a segurança viária – explica o secretário.
O projeto previu o rebaixamento no nível das ruas no entroncamento para permitir melhor visualização dos veículos. Medida que, conforme Soares, foi executada, apesar de os moradores dizerem que o trecho acabou ficando quase com a mesma altura depois da colocação da nova camada de asfalto.
– Disseram que teria rebaixo, mas, se olhar, não mudou nada. Estão fazendo afunilamento na esquina da Bento (antes da Treze), o que, acredito, vai resultar em subida de cordão da calçada – elencou um morador.
Sobre o impacto na mobilidade, em função da redução no número de pistas – cada rua perdeu uma pista ao chegar ao cruzamento –, Soares disse que, pelos estudos feitos pela pasta, não haverá grande impacto.
– O fluxo ali é relativamente baixo, então não teria impacto negativo na mobilidade – ponderou o secretário.
A obra está inserida em um contrato que a prefeitura mantém com a Codeca de tratamento de pontos críticos para o trânsito na cidade, que inclui outros 44 locais. A previsão inicial de duração era de cerca de 20 dias. O atraso, segundo a Codeca, ocorreu devido ao clima. Ainda conforme a Codeca, a previsão de término do serviço é de duas semanas de tempo seco.
– Nós só executamos o que foi planejado pela Secretaria de Trânsito. É a readequação daquele cruzamento. As duas ruas tiveram o grade (nível) alterado. A parte do asfalto está pronta. Falta concluir os passeios – explicou o engenheiro da Codeca que acompanha a execução da obra, Gabriel De Marchi.
Na última sexta-feira, a equipe da Codeca fazia a recomposição das calçadas que terão piso tátil e rebaixamento nas esquinas. Já foram instaladas placas indicativas, sinalização horizontal e faixas para pedestres.
Como vai ficar o fluxo no local
Para quem segue pela Bento Gonçalves:
:: Ao se aproximar da Rua Treze de Maio, a pista da direita é suprimida com avanço da calçada e restam duas pistas.
:: Quem for seguir reto pela Bento, se posiciona na pista da direita.
:: Para dobrar na Treze de Maio é preciso de posicionar à esquerda.
Para quem segue pela Treze de Maio:
:: A faixa bem da direita foi suprimida ao se aproximar da Bento Gonçalves. Com esse estreitamento a Treze passa de três para duas faixas no local.
:: Quem for seguir reto pela Treze, precisa parar no cruzamento com a Bento Gonçalves. Há placa indicativa de pare no local e pintura no pavimento.
:: Quem for dobrar na Bento se posiciona na faixa da direita da Treze e tem siga livre, ou seja, não precisa parar no cruzamento. Tachões foram instalados para direcionar esse fluxo. Também há placa indicativa.