A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou, por meio de nota divulgada na noite deste sábado, que publicará uma nova versão da tabela dos preços dos fretes. A agência esclarece que a medida ocorre devido à oscilação de 13% no preço do diesel, comparado à planilha de cálculos utilizada na edição da tabela.
A divulgação ocorre em meio a rumores sobre um nova greve dos caminhoneiros, comunicado à imprensa em nota, por uma entidade denominada União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC). No documento, consta que " a UDC - Brasil comunica que dentro de 10 dias (a partir de 30 de agosto), fará uma mobilização nacional paralisando por tempo indeterminado em todo o transporte rodoviário de carga."
A entidade cobra fiscalização no cumprimento da tabela que estabelece valores mínimos para o frete rodoviário e reivindica o cumprimento da fiscalização e divulgação dos pontos de fiscalização pela agência reguladora e espaço para representantes dos caminhoneiros no Conselho Executivo, Operacional e de Administração da ANTT. A paralisação começaria depois do feriado da Independência.
Em nota oficial publicada na última sexta-feira, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) afirmou que quer marcar uma audiência com a Casa Civil para tratar do assunto.
"A Abcam se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o Governo Federal. A Associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação", afirma a nota.
A Petrobras reajustou os valores do combustível na quinta-feira (30), após 60 dias de congelamento. Uma das principais reivindicações durante a greve dos caminhoneiros, a tabela do frete entrou em vigor em maio, após o presidente Michel Temer assinar uma medida provisória (MP) em meio à paralisação. Desde a edição, a tabela é alvo de queda de braço entre empresários e caminhoneiros. Em razão do impasse, o caso foi levado até o Supremo Tribunal Federal (STF), onde foi realizada audiência pública nesta semana.
Os caminhoneiros pararam as atividades em maio em protesto contra o custo do diesel, em decorrência da política de preços da Petrobras, que baseia o valor na cotação do dólar. Na ocasião, Pedro Parente, acabou deixando a presidência da estatal, mas a política de preços foi mantida.