Devido a paralisação de telefonistas e rádio-operadores da central de regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Estado, com sede em Porto Alegre, desde a noite desta segunda-feira, as atividades estão prejudicadas em quase todo o Rio Grande do Sul. Na Serra, Caxias do Sul – que também atende a Vacaria – mantém o atendimento normalizado porque possui regulação própria do serviço. As demais cidades que dependem de atendimento na central do Estado, que realiza a triagem e encaminha as equipes, registraram atrasos no atendimento dos chamados, mas não suspenderam os serviços.
Em Bento Gonçalves, Canela, Flores da Cunha e Garibaldi a orientação à população segue sendo para que, caso precise do serviço de emergência, ligue temporariamente para o Corpo de Bombeiros (193), que encaminhará os chamados às bases locais do Samu.
Os bombeiros informaram que, até a tarde desta terça, não tinham recebido pedidos que seriam ao Samu nessas cidades.
Em Bento, entre as 20h de segunda, quando começou a paralisação, até as 16h30min desta terça, o Samu fez quatro atendimentos. A média em 24 horas é entre oito e dez. Segundo a coordenadora Mirian Sartor, o maior prejuízo é na demora dos atendimentos em função do número restrito de reguladores na central estadual. O atraso também ocorre em função do fluxo, já que a pessoa tem que ligar para os bombeiros que pegam as informações e, depois, ligam para o Samu repassando os casos. Só então, as ambulâncias são deslocadas.
Canela também seguiu atendendo, inclusive, com a regulação da central do Estado. Na cidade, além do 193, a população pode entrar em contato também pelo 190. Em Flores da Cunha, é possível ainda recorrer ao Posto Central de Saúde, pelo telefone (54) 3292-6800, em casos de urgência e emergência. Os municípios não têm previsão de quando o serviço de regulação estadual será normalizado.
Os funcionários que paralisaram as atividades alegam falta de pagamento por parte da empresa contratada para prestar o serviço. Em entrevista à Rádio Gaúcha e RBS TV, o secretário adjunto da Saúde do Rio Grande do Sul, Francisco Bernd, disse que estavam sendo tomadas as medidas necessárias para que o atendimento fosse normalizado ainda nesta terça. Profissionais que atuam em Porto Alegre foram cedidos para amenizar o problema até que uma solução seja encontrada.