O inverno ainda está longe, mas a chegada do outono já carrega consigo alguns hábitos da Serra para os dias mais frios. Um deles é a colheita do pinhão, atividade que tem início junto com o começo da estação. Por isso, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) reforça a proibição da coleta nas áreas de propriedade da autarquia, como na Reserva Natural Parque dos Pinhais.
A proibição vale, principalmente, para as barragens, devido ao fato de as áreas serem locais de preservação permanente. Um dos prejuízos que a coleta indevida acarreta é prejudicar a reprodução da espécie, já que impede que a pinha se espalhe pelo solo. Hipótese perigosa, uma vez que a araucária está ameaçada de extinção desde 1970. Outro fator é a interrupção da alimentação da fauna silvestre local, já que muitos animais utilizam o pinhão também como alimento.
A fiscalização para impedir a colheita nas propriedades do Samae é responsabilidade da Patrulha Ambiental da Guarda Municipal (GM), que deve conduzir o indivíduo que retirar a pinha da araucária ou pegá-la diretamente do chão até uma delegacia para responder por crime ambiental. O que assegura isso é a Lei Complementar nº 246 de 2005, que estabelece as áreas de preservação permanente dentro das bacias de captação, tornando proibida a coleta do pinhão nesses locais de represamento.