São cerca de 40 quilômetros entre Farroupilha e Nova Roma do Sul pela ERS-448, trajeto que pode ser percorrido em 50 minutos de carro. Mas há um grande problema no caminho: o mato está invadindo boa parte da pista, prejudicando a visibilidade a cada curva no trecho de serra.Preocupados com a possibilidade de acidentes, cerca de 40 moradores de Nova Roma do Sul vão levar roçadeiras para arrancar a vegetação no trecho de Farroupilha na manhã desta quarta-feira – a partir da ponte sobre o Rio das Antas, em Nova Roma do Sul, o mato está desbastado.
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Mesmo contrariando um entendimento do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), que vê riscos nesse tipo de trabalho, a ação mobilizará representantes da prefeitura, da Câmara de Vereadores e da comunidade a partir das 8h.
– Cobramos muito do Daer, mas não temos resposta. Há anos estamos roçando a estrada no lado que pertence a Nova Roma. A falta de manutenção é perigosa. Pela estrada passam não só carros, como ciclistas e motociclistas – diz o vice-prefeito de Nova Roma, Roberto Panazzolo.
O alerta de Panazzolo faz sentido. Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar, cerca de 40 acidentes ocorreram na rodovia desde 2010. No período, pelo menos duas pessoas morreram e outras 42 se feriram. Obviamente, nem todos os acidentes tiveram relação com a manutenção da estrada, mas o mato que encobre a visão dos condutores potencializa colisões.
– O asfalto não está tão ruim, mas a água invade a pista porque o mato entope as valetas, daí complica dirigir – complementa Panazzolo.
O Daer, por meio de assessoria de imprensa, informou que a 448 está incluída no cronograma de manutenção e recuperação asfáltica. Como o plano prioriza rodovias com maior volume de tráfego, ainda não há uma data definida para as melhorias entre Farroupilha e Nova Roma.
Quanto à iniciativa dos moradores para realizar a roçada por conta própria, o Daer não concorda com esta atitude, já que os funcionários que realizam a roçada das rodovias recebem preparação necessária para a atividade, levando em consideração os riscos que ela proporciona se não efetuada com a devida segurança", finaliza o departamento, por meio de nota.