A menos de um mês para a Festa da Uva, Caxias do Sul começa a intensificar a preparação para receber milhares de visitantes. Ao mesmo tempo em que as soberanas incrementam a agenda de visitas pela cidade e pela região, pontos de referência em Caxias recebem atenção especial. Enquanto isso, a prefeitura corre contra o tempo para entregar obras de mobilidade. O evento começa no dia 18 de fevereiro e segue até 6 de março.
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Os principais atrativos são nos Pavilhões - com os tradicionais exposição de uvas e estandes de expositores - e a Rua Plácido de Castro, que neste ano recebe os desfiles alegóricos pela primeira vez. Mas a Festa da Uva não ocorre apenas nesses dois lugares: ao atrair tanta gente, os acessos à cidade servem como boas-vidas e pontos turísticos também são visados.
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É o caso da Praça Dante Alighieri, uma referência tanto para quem mora aqui como aos visitantes. Além disso, é junto dela que está a majestosa Catedral Santa Teresa. A secretária do Turismo, Adriana de Lucena Francisco, a Drica, diz que o centro de informações turísticas na praça será inaugurado antes da festa. O prédio está pronto, na praça em frente ao Palácio da Polícia, e aguarda apenas pelos móveis. Além disso, quem for trabalhar direta ou indiretamente na Festa da Uva (como taxistas, funcionários da Codeca e guardas municipais) passará pela preparação tradicional a cada Festa da Uva.
- É uma sensibilização quanto ao impacto da festa, que movimenta a Serra Gaúcha nesse período que tradicionalmente teria uma queda, porque as pessoas costumam vir no inverno ou ali em dezembro (em anos sem Festa da Uva) - pontua Drica.
Pela cidade, banners são espalhados pelos postes. Aos poucos, Caxias vai ganhando a cara de Festa da Uva, como a cada dois anos. Abaixo, confira como estão alguns dos locais de acesso da cidade, pontos turísticos e roteiros pelo interior.
:: Casa de Pedra
Um ponto de visita praticamente obrigatória a quem vem para a Festa da Uva é a Casa de Pedra. O bom aspecto do lugar é um convite: além da grama aparada, o parreiral aos fundos da casinha está vistoso. Nas proximidades, placas indicam onde fica a casa, que oferece ambientação que revela como era a vida no final do século 19. O ponto fica na Rua Matheo Gianella, próximo ao encontro com a perimetral, pertinho dos Pavilhões.
:: Monumento ao Imigrante
Um dos pontos turísticos mais populares de Caxias do Sul, que serve inclusive de ponto de referência, chama a atenção pelo cuidado na área externa. Se em outros tempos o lugar foi tomado pelo mato nos arredores, hoje a grama está bem aparada e o estacionamento, à direita, é bem cuidado.
:: Acessos a Caxias do Sul
Quem chega a Caxias do Sul vindo do litoral pela Rota do Sol (RSC-453) encontra boa sinalização no ponto sob o viaduto da BR-116. Há alguns trechos com mato crescido à beira da estrada. Via ERS-122, quem vem de Farroupilha se depara com placas quebradas ou caídas, especialmente entre Forqueta e Monte Bérico. A roçada já iniciou, e o Daer ainda está em processo licitatório para contratar empresa para fazer a sinalização horizontal e vertical.
O visitante que vem da região de Gramado e Canela e chega pela BR-116 tem boa impressão ao chegar à cidade: o trecho é bem sinalizado e, na chegada à área urbana, encontra uma bem cuidada rótula, nas proximidades da Avenida São Leopoldo. Para quem vem pela BR-116 da direção oposta, de São Marcos, também são boas as condições.
No acesso Oeste, a rotatória próximo ao estádio do Caxias deve estar concluída para a Festa da Uva. Operários constroem calçadas e preparam canteiros na área da rótula, que vai disciplinar o trânsito de veículos que chegam pela ERS-122 e dos que saem da cidade, vindos da área central ou de bairros como Santa Catarina e Marechal Floriano. A sinalização viária, incluindo pintura e placas, deve ser instalada durante o Carnaval.
A outra ponta do projeto, que é o alargamento da Rua Cristóforo Randon (paralela ao muro que separa o estádio do bairro Euzébio Beltrão de Queiroz) ainda vai demorar, devido à complexidade da obra. Cerca de 60% do novo muro está concluído.
:: Rodoviária
A estrutura é antiga, mas funciona bem. Banheiros são limpos e têm boas condições. Há bancos, mesmo antigos, para os passageiros aguardarem enquanto aguardam pelo ônibus. Para quem não conhece o lugar, a sinalização interna orienta bem.
:: Aeroporto Hugo Cantergiani
Assim como a rodoviária, o terminal tem estrutura antiga. Ainda neste semestre, o saguão e a área de embarque devem ter bancos antigos substituídos por poltronas com carregador de celular, em parceria do Estado com o município. O Estado ainda deve licitar uma cobertura para quem espera por ônibus ou táxis.
:: Avenida Júlio de Castilhos
A principal Avenida de Caxias do Sul começou a ser reformada em outubro do ano passado. De lá para cá, trechos entre a Rua do Guia Lopes e a Praça Dante Alighieri foram periodicamente interrompidos para troca do calçamento, desgastado pelo aumento do fluxo de veículos. A via sofria com calçadas esburacadas, placas caídas e luminárias estragadas (parte delas foi removida). A expectativa do secretário Adiló Didomenico é concluir esse trecho um ou dois dias antes da Festa da Uva. Ao final da festa, os trabalhos serão retomados na outra extensão da avenida, da praça em direção a São Pelegrino.
- Seria uma medida antipática interromper durante a Festa da Uva - explica Adiló.
:: Praça Dante Alighieri
No coração da cidade, a Praça Dante Alighieri recebe atenção especial às vésperas da Festa da Uva. Os bancos têm a estrutura de metal pintada e a madeira do assento é lixada e pintada, ganhando aspecto de novo. Os canteiros recebem flores novas e as lixeiras também estão sendo substituídas. Os banheiros públicos estão bem conservados. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Adivandro Rech, esta é a segunda reforma geral desde 2013.
- É um ponto turístico e de referência, para a população e para quem vem visita a cidade - avalia Adivandro.
:: Roteiros do Interior
De dois roteiros do interior visitados pela reportagem, a Estrada do Imigrante, em direção à Terceira Légua, tem boas condições. O asfalto é bom, há tachões na pista e, em poucos pontos a sinalização horizontal começa a se apagar. Na chegada, um pórtico abre o caminho. A estrada é trajeto para vinícolas e atrativos como o Museu Casa Zinani, que mostra um pouco da cultura italiana.
Do outro lado da cidade, o Caminhos da Colônia, entre Nossa Senhora da Saúde, em Caxias do Sul, e Flores da Cunha, precisa de manutenção. Placas indicam a rota, mas o visitante encontra asfalto castigado pelo peso dos veículos, principalmente no trecho da estadual VRS-813. Na outra parte, onde passa a estrada municipal Vereador Ari Antônio Bergoza, há apenas alguns pontos com mato crescido na beira da estrada. O secretário municipal de Obras, Adiló Didomenico, diz que a roçada desse pequeno trecho será feita antes da Festa da Uva. No trecho estadual, que está mais crítico, o Daer não dá previsão.