A nova pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) confirma a rápida deterioração da malha rodoviária da Serra: de 11 rodovias na região, apenas duas apresentam boas condições para tráfego.
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O levantamento divulgado nesta quarta-feira abrangeu 8.668 quilômetros de estradas gaúchas. Para recuperar tanta trecho ruim no Rio Grande do Sul, a CNT estima que seriam necessários investimentos na ordem de R$ 6,24 bilhões.
Na Serra, apenas duas rodovias têm bom estado de conservação: a BR-116, de Vacaria a Nova Petrópolis, e a BR-285, de Vacaria a São José dos Ausentes. Os trechos considerados ruins estão concentrados em sete estradas estaduais e em uma federal (BR-470). Em 2012, por exemplo, o mesmo estudo da CNT identificou três rodovias como piores para o tráfego, o que significa acréscimo de 166% em apenas três anos.
A pesquisa considerou quatro variáveis: o pavimento, a sinalização, a geometria e os pontos críticos. Chama a atenção a avaliação negativa da ERS-235, de Nova Petrópolis a São Francisco de Paula, que tem trecho pedagiado.
Em todo o RS, o estudo indica que 73,6% (ou 6.385 km) da extensão avaliada oferece algum tipo de deficiência, sendo o estado geral classificado como regular, ruim ou péssimo. Os outros 26,4% (2.283 km) tiveram classificação ótimo ou bom. No Brasil, o cenário é um pouco melhor. De mais de 100 mil quilômetros de rodovias pavimentadas, 57,3% apresentaram problemas, sendo que 6,3% estavam em péssimo estado, 16,1% ruim e 34,9% regular.
A conclusão é de que rodovias deficitárias a segurança de motoristas e pedestres, além de aumentar o custo de manutenção dos veículos e o consumo de combustível. No Rio Grande do Sul, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 33,6% no transporte rodoviário.
AVALIAÇÃO NA SERRA
Infraestrutura viária
Rodovias da Serra estão mais precárias do que há três anos, aponta estudo
Apenas a BR-116 e a BR-285 são consideradas boas para o tráfego
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