A lei que veda consumo de cigarro em lugares fechados ou em áreas cobertas teve duas fases em Caxias do Sul. Em 2010, o município regulamentou legislação local para conter a fumaceira nos recintos públicos. Deu certo, e a maioria dos estabelecimentos domou o fumante. No final do ano passado, o governo federal estendeu a proibição para áreas públicas parcialmente cobertas por toldos ou paredes. Essa não funciona porque a legislação só prevê sanção para os donos de estabelecimentos.
Rosa Merencia, uma das zeladoras da rodoviária de Caxias, constata as infrações diariamente. Ela aborda mais de 10 pessoas no turno de trabalho para orientar, com educação, de que não é permitido pitar cigarro nas marquises onde os ônibus estacionam ou nos corredores. É pedido em vão. No final do ano passado, a direção plantou flores em 22 cinzeiros no ponto de embarque. De lá para cá, as bitucas de cigarro mataram as plantas. Duas mudas de alegria-de-jardim sobrevivem graças ao esforço de funcionários de uma empresa de ônibus.
- Tem o bilhete ali avisando para não usar como cinzeiro. Acho que as pessoas não se importam mesmo - sugere Rosa.
Em Vacaria a situação é ainda pior: os passageiros fumam dentro da rodoviária, sem rodeios.
Infelizmente, a lei do fumo engrossa a lista das leis aprovadas há menos de dois anos e que não funcionam como se esperava em Caxias.
Legislação ignorada
Apesar da proibição, consumo de cigarro é comum em áreas cobertas de Caxias
Fumantes ignoram norma regulamentada no final do ano passado
Adriano Duarte
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