As frequentes publicações nas redes sociais do ex-namorado da princesa da Festa da Uva Henriette Vaccari, Marcus Vinicius de Oliveira, o Pezão, de 28 anos, trouxeram à tona novamente um dos maiores problemas de segurança nos presídios. Hoje os visitantes da Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (Pics) passam por um detector de metais, mas celulares, armas e drogas continuam chegando aos detentos, principalmente por meio do arremesso de pacotes sobre os muros.
Segundo o diretor adjunto do Departamento de Segurança e Execução Penal da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Luis Fernando da Silveira, o arremesso de artigos ilícitos ainda é o principal problema em presídios localizados na área urbana, como a Pics.
O vaivém de veículos e pedestres nas ruas adjacentes dificulta a repressão, pois o movimento intenso nas imediações dos muros acaba facilitando a aproximação de comparsas com pacotes. Para evitar o uso de celulares, armas e drogas pelos detentos, a Susepe apela às revistas, realizadas regularmente e quando são recebidas denúncias.
A tecnologia também é aliada no combate à entrada de produtos ilegais nos presídios, mas não tem se mostrado eficaz. Na Pics e na Penitenciária Regional de Caxias do Sul, no Distrito Apanhador, são utilizados três tipos de detectores de metais, empregados em todos os visitantes. Essa semana a Pics passou a contar ainda com um equipamento de raio-x, por onde passam todas as sacolas e embalagens levadas pelos visitantes.
- A preocupação primordial é a entrada de armas, de fogo e brancas, mas não se descarta a hipótese de um equipamento não estar com a potência adequada - afirma Silveira, esclarecendo que existe a possibilidade de celulares e armas eventualmente não serem detectados.
Como a revista íntima foi proibida em todo o Estado desde o início do mês, a alternativa mais confiável seria o uso de scanner corporal. Porém, o equipamento custa aproximadamente R$ 500 mil.
Atualmente, apenas a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas possui o equipamento. No entanto, o scanner ainda não está em funcionamento pois depende de laudos técnicos a respeito dos seus efeitos na saúde dos visitantes e funcionários responsáveis por sua operação.