Noemir Leitão trabalhava há dois anos como repórter esportivo do Jornal Semanário, do grupo Sistema S de Comunicação, onde também atuava nas coberturas de festas dos bairros e do interior de Bento.
Envolvido com as causas comunitárias e descrito como uma pessoas que gostava de ajudar os outros, testemunhas disseram à polícia que Leitão estaria auxiliando adolescentes moradores do mesmo prédio envolvidos com drogadição. Uma das hipóteses é a de que ele tenha se comprometido em pagar alguma dívida dos adolescentes.
Por enquanto, a polícia não tem suspeitos e irá verificar se há câmeras no residencial que possam ajudar na identificação.
O velório do repórter e radialista Noemir Leitão, 49 anos, reuniu dezenas de familiares, colegas de trabalho e pessoas da comunidade na manhã desta terça-feira na sala A da Capela São José, no bairro São Roque, em Bento Gonçalves. O funeral foi marcado por muita comoção e cânticos religiosos, já que Leitão pertencia a Igreja Adventista do Sétimo Dia. No final da manhã, o corpo foi sepultado no Cemitério Público Municipal Central.
- Fizeram isso por maldade. Ele era um cara decente e foi morto dentro da própria casa. Por que fizeram isso? - disse emocionado o irmão da vítima, Nilton Ribeiro Leitão, durante o enterro.
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O repórter foi encontrado morto na manhã de segunda-feira em seu apartamento, no Residencial Novo Futuro, no bairro Ouro Verde. Ele foi assassinado com um tiro no peito.