Parte da estrutura física das instituições de ensino públicas de Caxias do Sul não está preparada para os dias chuvosos e frios que se aproximam. Professores e alunos se acostumaram a conviver com goteiras e infiltrações que atingem prédios de pelo menos cinco escolas, onde quase três mil jovens estudam.
Na Escola Estadual Coronel José Pena de Moraes, no bairro São Pelegrino, os intervalos em dias chuvosos acontecem dentro da sala de aula, já que o pátio e algumas salas alagam. A biblioteca também não é opção para o recreio, porque está interditada com rachaduras desde outubro.
- As mães me ligam para saber como o filho deve ir vestido, se precisa colocar um calçado diferente, porque alaga mesmo - confessa a diretora Neiva Terezinha Raymondi.
A situação mais preocupante está na Escola Estadual José Generosi, em Forqueta. Falar em previsão de chuva por lá traz más recordações para a diretora Suzana Nilson. O temporal que atingiu a cidade em novembro do ano passado danificou sete salas de aula. Três ainda estão interditadas, além do laboratório de informática, de ciências e a cozinha. O intervalo do turno da tarde será cancelado, já que o ginásio, o pátio e os corredores alagam facilmente.
- Não existe um pingo de conforto para os alunos. Eles vivem com os pés molhados quando circulam pelo colégio - avalia.
Há problemas de goteiras também na Escola Estadual João Magalhães e no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza. Segundo a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), a direção das escolas estaduais tem autonomia financeira para pequenos reparos. Na esfera municipal, há problemas de goteiras na Escola Municipal Angelina Sassi Comandulli e no prédio da Escola Infantil Crescer e Aprender que está fechado desde novembro aguardando obras no telhado.
Infraestrutura
Escolas de Caxias do Sul têm goteiras e infiltrações
Direção de colégios públicos estão preocupados com notícia de que o inverno será chuvoso
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