O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) confirma a retomada dos testes da barragem do Marrecas para o dia 8 de abril, em Caxias do Sul. Com isso, a distribuição da água pode ocorrer em 30 ou 40 dias, prazo anunciado ainda em fevereiro durante audiência pública na Câmara de Vereadores.
Se a água jorrar nas torneiras conforme o prometido, o abastecimento se dará 16 meses depois da inauguração. Nesta primeira etapa, apenas o bairro São Ciro e arredores serão abastecidos. Para encaminhar o funcionamento, representantes da Rio Grande Energia (RGE) e das três fabricantes dos motores, bombas e inversores retomarão os ajustes da Estação de Bombeamento de Água Bruta.
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A verificação foi suspensa em janeiro depois que uma peça de conexão se partiu em pedaços por conta da pressão da água. Com a substituição do equipamento e as últimas regulagens, o bombeamento até a Estação de Tratamento de Água Morro Alegre, em Vila Seca, será acionado no dia 8 de abril.
A partir desta data, o Samae precisará de pelo menos duas semanas para avaliar o tratamento da água. Só então a água será disponibilizada para a população. Moradores do bairro do São Ciro e arredores serão os primeiros beneficiados nesta primeira etapa.
- A prioridade é colocar o sistema em funcionamento. A distribuição será realizada com calma até porque as outras barragens estão sendo suficientes para atender a população - diz o diretor-presidente do Samae, Edio Elói Frizzo.
Com o acionamento do Marrecas, a água do Faxinal será desviada com mais força para atender bairros como o Desvio Rizzo, um dos mais afetados pelos cortes no abastecimento. A distribuição, porém, não significa o fim dos problemas na barragem do Marrecas.
O município ainda aguarda laudos técnicos para estabelecer qual solução será adotada contra os vazamentos que duplicaram na represa em menos de um ano. Um parecer da Holanda Engenharia, responsável pelo projeto técnico, sugere a aplicação de nata de cimento nas ombreiras (laterais) da parede externa, entre o concreto e as rochas.
A empresa também sugere a injeção de poliuretano nas juntas dos blocos e também por dentro do lago com auxílio de mergulhadores. As sugestões da Holanda não são definitivas. Frizzo aguarda para esta semana o parecer da STE Serviço Técnicos de Engenharia, empresa contratada para fiscalizar a execução do projeto.
- Assim como a Holanda, a STE ficou de responder o que motivou os vazamentos e qual é a solução. Com os dois laudos, vamos nos reunir para definir qual será a alternativa e quem vai pagar as despesas pois essa conta não é do município - reitera.
Abastecimento
Samae mantém projeção de distribuir água do Marrecas entre o final de abril e início de maio em Caxias do Sul
Solução para vazamentos ainda depende de avaliação de laudos técnicos
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