Miguel de Almeida, vítima de afogamento em São Marcos, se banhava no Rio das Antas junto com a mulher, um filho e a nora no final da tarde de domingo. Aos 56 anos e sem saber nadar, foi tragado para o fundo das águas a uma profundidade de aproximadamente 15 metros. Morador do bairro Francisco Doncato, Almeida devotava grande parte de seu tempo à Igreja Evangélica Assembleia de Deus, onde atuava como segundo tesoureiro.
O são-marquense trabalhava como eletricista de manutenção na Gijon Automotivos, empresa que fabrica peças para implementos rodoviários, e havia conseguido viabilizar a aposentadoria no ano passado. Miguel era o primogênito de seis irmãos, três homens e três mulheres. Além da mulher, deixa dois filhos e uma filha, todos já adultos.
- Ele era um cara muito tranquilo, sempre calmo, e a sua vida era a igreja. Ele não sabia nadar, por isso ia sempre no raso. A água não passava da cintura, mas o rio é traiçoeiro e deve ter caído em um buraco - lamenta o irmão Geremias de Almeida.
O corpo de Miguel foi encontrado pelo Grupo de Busca e Salvamentos de Porto Alegre por volta das 13h30min desta segunda-feira, a cerca de 300 metros do local. O Corpo de Bombeiros de São Marcos também auxiliou nas buscas. Depois da perícia concluída, o velório deve ser providenciado para ocorrer na Igreja Evangélica Assembleia de Deus de São Marcos.
Rio das Antas
'A vida dele era a igreja', conta irmão de vítima de afogamento em São Marcos
O eletricista Miguel de Almeida deixa mulher e três filhos
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