Passados os primeiros trinta dias, é com olhar de aprovação que comunidade e polícia avaliam a implantação do policiamento comunitário em oito bairros de Caxias do Sul. Desde o dia 20 de dezembro do ano passado, Desvio Rizzo, Planalto, Serrano, Esplanada, Jardim Eldorado, Fátima, Ana Rech e Vila Cristina contam com os núcleos.
Sem números e sob a justificativa de que a primeira avaliação é feita apenas depois de três meses de instalação dos núcleos, o coronel Júlio César Marobin, coordenador do Policiamento Comunitário no Estado, demonstra satisfação com o primeiro mês de atuação nas oito localidades.
Segundo ele, a interação dos agentes com a comunidade é importante. São eles que vão identificar onde a circulação das viaturas é necessária. Marobin espera os resultados positivos que se observa em um ano e meio de implantação do programa em Caxias do Sul.
Até setembro de 2013, furtos e roubos diminuíram de 20 a 60%. Furtos em veículos tiveram redução de 20,2% e roubo a estabelecimento comercial, 31,7%. Até mesmo os homicídios tiveram queda: 57% a menos nas áreas com o policiamento comunitário.
Ainda que a proposta do policiamento comunitário seja combater furtos e roubos, a presença permanente dos policiais trouxe outros benefícios.
- Reduzimos ainda ameaças, desordens, perturbação, dados difíceis de contabilizar porque não aparecem em números - avalia Marobin.
Essa é também a avaliação das comunidades beneficiadas. Segundo Adir Bianchi, 52 anos, a presença das viaturas têm inibido a ação de vândalos e a algazarra em um dos pontos de constante reclamação da população, o Parque da Lagoa, no Desvio Rizzo. Morador da rua Celestino Deitos, quase em frente à praça, a mudança foi percebida já nos primeiros dias.
- Muitos usuários de drogas utilizavam o local. Dava medo até de ir caminhar. À noite, mesmo em dias de semana, sempre era uma gritaria, som alto. Agora diminuiu. No final de semana ainda tem, mas é menos do que antes - fala.