Comerciantes do bairro Rio Branco convivem nas últimas semanas com uma rotina de assaltos a estabelecimentos. Não bastassem as ações que assustam proprietários e clientes, os criminosos ainda retornam para novos crimes.
A padaria e a confeitaria Nostra Gente, na Avenida Rio Branco, próximo ao entroncamento com a Perimetral Norte, é uma das vítimas. Foram três assaltos em quatro dias. Dois deles, cometidos pelo mesmo bandido. O primeiro ocorreu por volta das 8h15min de quarta-feira da semana passada. Um homem se dirigiu ao balcão e pediu uma carteira de cigarros. Quando a dona se dirigiu ao caixa, próximo à porta e onde fica a prateleira com o produto, o ladrão roubou cigarros e R$ 200, e fugiu.
Dois dias depois, no feriado da Proclamação da República, uma nova investida ocorreu às 19h30min. Conforme o gerente do estabelecimento, Almiro Corrêa, o bandido se aproximou do balcão nos fundos, onde estava o atendente.
- Ele chegou e puxou a roupa para colocar um capuz. Na hora vi que era um assalto. Ele disse: vem, vem, mãos para cima, vamos até o caixa. Não mostrou arma, mas colocou a mão no bolso e dava pra ver que havia um volume _ conta Corrêa.
Diante de clientes, o assaltante pegou o homem e outra funcionária pelo braço e os levou para trás do balcão do caixa e recolheu R$ 200. O mesmo assaltante retornou às 8h30min do dia seguinte. Conforme Corrêa, o homem esperou o entregador de pão sair e cometeu o assalto.
- Reconheci na hora. Ele chegou e disse: vamos, você já sabe como é. Aí você tem de jurar que não tem mais dinheiro. Como não tinha, dessa vez ele foi mais agressivo e me deu empurrões.
O bandido fugiu com R$ 250, totalizando R$ 650 de prejuízo nos quatro dias. Conforme um soldado do Policiamento Comunitário da Brigada Militar, a equipe cadastra suspeitos e os aborda sempre que os encontra nas ruas do bairro. Nesses casos, a ficha é consultada, mas se a pessoa não tiver um mandado de prisão aberto, ele não pode ser feito.
Segundo o servidor, no entanto, o efetivo reduzido da corporação obriga a equipe que seria exclusiva do bairro a atender outras ocorrências em regiões próximas, como os bairros Bom Pastor, Esplanada, São Caetano, Salgado Filho e Kayser.
O comandante do 12° Batalhão de Polícia Militar (12° BPM), major Jorge Émerson Ribas, concorda que o baixo efetivo obriga policiais comunitários a atenderem outras regiões. Ele lembra, porém, que o projeto prevê que haja prioridade ao núcleo, não exclusividade.
- Não houve aumento de efetivo para o policiamento comunitário, são os mesmos soldados com outra estratégia - afirma.
Crimes constantes
Assaltos assustam comerciantes do bairro Rio Branco, em Caxias
Padaria foi alvo três vezes em apenas quatro dias
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