Projeto estadual de segurança pública será ampliado com falhas, em Caxias do Sul

A Secretaria de Segurança Pública do Estado deve iniciar a operação de mais oito núcleos do projeto de polícia comunitária até o final deste mês. Entretanto, nos 14 núcleos já existentes, o que os presidentes desses bairros constatam é um grande esforço dos policiais para cobrir folgas ou afastamentos de colegas e estender o trabalho a outros loteamentos desassistidos. Nota-se também falta de entrosamento em algumas comunidades e brigadianos de quatro núcleos desestimulados por não receberem o auxílio-moradia de R$ 631, 53 prometido há cinco meses.

O coordenador estadual do projeto, Júlio César Marobin, garante que o projeto dá retorno positivo, mesmo com algumas queixas da comunidade:

- Avaliamos a eficiência do trabalho pelos resultados. Se eles (os núcleos) não cumprissem seu papel, não teríamos os resultados positivos que obtivemos já no primeiro ano de atuação.

No entendimento de Marobin, a criação de novos núcleos, ao invés do reforço ao efetivo já existente, diminuirá a região de abrangência dos núcleos, responsáveis pelo bairro onde residem e seu entorno.

Ainda de acordo com o coordenador, o atraso no pagamento aos policiais dos quatro últimos núcleos implantados na cidade se deve à tramitação burocrática do novo convênio firmado entre os governos estadual e municipal e o Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro). Segundo ele, o pagamento será retroativo à data de assinatura, que ocorreu dia 15 de setembro, e o dinheiro deve ser liberado até a semana do dia 21 de outubro.

Sobre o prejuízo de alguns policias, que não receberão retroativo a junho para pagar os aluguéis, Marobin destaca que as equipes foram orientadas a se instalar apenas quando o dinheiro fosse liberado.

Na próxima sexta, 180 viaturas Renault Sandero 1.6 chegarão ao Estado para distribuição entre os municípios contemplados. Cada núcleo de polícia comunitária custa R$ 75 mil ao Estado. Neste valor, estão incluídos: viatura, bicicletas, coletes, algemas e pistolas. Material que ainda não foi entregue na totalidade pelos fornecedores, conforme o coordenador.