Há um ano, o estudante Mauricio Pimentel da Rocha Gonçalves morreu atropelado ao atravessar a BR-116 nas proximidades da Escola Estadual Melvin Jones, no bairro Planalto. Desde então, nada mudou. Cruzar a rodovia segue uma missão perigosa. Não há passarela, semáforos, faixas de pedestres, redutores de velocidade ou qualquer outro facilitador.
Na última sexta-feira, o secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Zulmir Baroni Filho, visitou a região para um estudo inicial. Em entrevista ao Pioneiro, o prefeito Alceu Barbosa Velho garantiu que será construída alguma obra que amenize o impacto do trânsito por ali, mas não estipulou prazos. Alceu solicitou que a secretaria aponte o mais rápido possível quais as melhores alternativas.
- Encomendei o projeto com a Secretaria de Trânsito. Tenho vontade política de fazer uma passarela. Surgiu a ideia de fazermos de forma subterrânea. O estudo está sendo feito com opção por cima e por baixo para analisarmos preço, o impacto que vai causar na área - afirma Alceu.
A BR-116 protagoniza uma novela interminável. Em 2010, foi obtida verba federal de R$ 300 mil pelo então deputado Pepe Vargas para uma passarela no Planalto. Entretanto, a verba foi perdida porque a documentação não teria sido enviada pela prefeitura a tempo ao Ministério das Cidades. O secretário de Trânsito da época, Jorge Dutra, discordou desta versão. Segundo ele, o dinheiro não veio em razão de cortes no Orçamento da União.
O trecho já teve lombadas eletrônicas entre 2002 e 2006. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) retirou 18 lombadas em sete trechos urbanos da BR-116, entre eles, no Planalto, pois o contrato com a empresa que controlava os trechos havia expirado. Na época, não houve entendimento entre Daer e Dnit sobre a legislação que regula as rodovias federais delegadas e concedidas. Enquanto isso, pedestres seguem expostos ao perigo.