Embora a água ocupe 70% da superfície da Terra, a maior parte é salgada. Apenas 3% é doce. E do total de água doce, grande parte está em geleiras, icebergs e subsolos muito profundos. Da quantidade que sobra, a agricultura é responsável por 70% da exploração global.
Com relação ao consumo humano, as Organizações das Nações Unidas estabelece que 110 litros/dia por pessoa são suficientes para as necessidades de consumo e higiene. Mas, na prática, o que se observa são disparidades entre os países. Nos Estados Unidos, a média de consumo é de 300 litros/dia. Na Europa, são 200 litros. Já a África Subsaariana, onde metade da população vive com menos de um dólar, consome entre 10 e 20 litros/dia. No Brasil, o consumo per capita varia de 80 litros/dia (Piauí) a 190 litros/dia (Rio de Janeiro).
- O consumo de água está relacionada com a cultura, o poder aquisitivo e a atividade industrial. O Brasil tem uma diversidade muito grande de oferta e de demanda de água. No Nordeste, por exemplo, se consome pouco porque a oferta é pouca - avalia a diretora do Instituto de saneamento Ambiental (ISAM) da UCS, Profª. Vania Elisabete Schneider.
Em Caxias do Sul, segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAMAE), pelos
próximos 25 anos, a população pode ficar, ao menos, mais tranquila: o Sistema Marrecas vem para atender a demanda de consumo de água da cidade. A previsão é que ele comece a funcionar na metade do ano. Porém, da população de 450 mil pessoas, nesta primeira etapa o Marrecas atenderá 60 mil pessoas da zona nordeste. Atualmente, 100 milhões de litros de água são tratados diariamente pelos sistemas existentes, o que corresponde a 100 mil m³ de água.
- Os outros sistemas estão numa condição próxima do limite, mas temos colocado em práticas programas de redução de perdas para consertar vazamentos não visíveis e em reservatórios, como forma de aumentar a sobrevida deles. Já tivemos resultados no sentido de reduzir a perda de água - esclarece Gerson Panarotto, diretor de Planejamento Integrado do Samae.
O Samae busca junto ao Ministério das Cidades verbas do PAC no valor de R$56 milhões para a implantação da segunda etapa do Sistema Marrecas, que dará continuidade à adutora pela Rota do Sol até o bairro Nossa Senhora da Saúde, oportunizando atendimento a àrea norte da cidade, e que abrange também obras nas redes de distribuição de água.
- A execução do Marrecas garante que não tenhamos problema com a captação de água. Mas é necessário ainda infraestrutura para distribuir essa água e garantir que ela chegue nas casas da população - completa.
O SAMAE lança hoje o Programa de Ampliação do Abastecimento e Consumo Consciente da Água (PROAG), cujos objetivos são reduzir os problemas relacionados às perdas de água tratada pelo SAMAE e buscar, através do diálogo, um bom relacionamento entre a Autarquia e a comunidade, atuando diretamente nos casos de regularização das ligações de água.
Abastecimento
Na metade do ano, Marrecas pode começar a funcionar em Caxias do Sul
Segundo SAMAE, sistema vai atender demanda de água na cidade pelos próximos 25 anos
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: