É surpreedente a mobilização para ajudar os desabrigados pelo incêndio que matou três irmãos no bairro Serrano na sexta-feira passada. No final de semana, centenas de pessoas correram aos pontos de arrecadação para levar roupas, alimentos, móveis, calçados e utensílios. Uma cena raramente presenciada pelos profissionais acostumados a lidar com tragédias de tamanha envergadura. As pessoas que comparecem aos postos fazem questão de enfatizar que a partilha não repara a morte dos irmãos Marieli, três anos, Mateus, 12, e Maikiel, 17, mas podem, sim, amenizar o drama das famílias que perderam tudo.
No sábado, agentes da Defesa Civil, da Cruz Vermelha, funcionários da prefeitura e voluntários se desdobraram para receber donativos nos sete pontos abertos durante final de semana. A solidariedade formou filas especialmente no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro Serrano, a poucos metros da Vila Sapo. Veio gente de vários bairros e cidades vizinhas como Bento Gonçalves, Flores da Cunha, Farroupilha e São Marcos.
- Posso garantir que mais de mil carros passaram por aqui com roupas e comida desde sexta. Isso é muito emocionante - se impressionou Clóvis de Oliveira, 52 anos, um dos voluntários que orientava os doadores na porta do ginásio.
Nesta segunda-feira, o prefeito José Ivo Sartori e secretários municipais definem qual será a estratégia para ajudar as 28 famílias desabrigadas.
Tragédia
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Prefeitura define estratégia para ajudar vítimas nesta segunda-feira
Adriano Duarte
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