Há diversas possibilidades de resposta para justificar a má posição do país na educação, mas nenhuma é tão contundente como a falta de prioridade. Diante da primeira pergunta da campanha de Educação que a RBS acaba de lançar - Por que, mesmo sendo a 6ª economia do mundo, o Brasil ainda está no 88º lugar no ranking mundial da educação? -, especialistas compartilham opiniões e percebem que a educação é tratada de forma secundária no país.
Tanto governos quanto o povo precisariam considerá-la prioritária na prática, não apenas na teoria e nos discursos, opinam os estudiosos. O Pioneiro consultou cinco profissionais da área. Também conferiu situações em que o ensino e seus protagonistas amargam dificuldades, como a falta de livros didáticos na Escola Estadual de Ensino Médio João Triches, em Caxias.
Há colégios que driblaram problemas e colhem resultados, como a Escola Municipal Oscar Bertholdo, de Farroupilha, que teve salto de 6,0 para 7,7 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), e a Escola Estadual Abramo Eberle, de Caxias.
O coordenador do Programa de Pós-graduação em Educação da UCS, Jayme Paviani, observa que a falta de entendimento social sobre a importância da educação básica (etapa infantil + ensinos fundamen­tal e médio) impede a evolução.
- A sociedade brasileira está demorando para perceber que a edu­cação básica é condição necessária para ingressar na pós-modernidade e usufruir as vantagens do desenvolvimento científico, tecnológico e cultural - constata.
Na opinião de Paviani, a educação escolar só será avaliada positivamente quando for considerada, de fato, prioridade dos governos para o desenvolvimento econômico, social, pessoal e cultural.
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