A tão comentada dupla jornada dos professores tem gerado uma categoria doente e estressada. Muito trabalho, duplas ou triplas jornadas, salas de aulas superlotadas e alunos que não respeitam limites estão entre as razões dessa enfermidade coletiva, que foi tema da pesquisa denominada Avaliação do Nível de Estresse em Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul. O trabalho foi coordenado por pesquisadores do Departamento de Pós-graduação em Psicologia da Unisinos, que ouviram 202 professores. O resultado da pesquisa mostrou que 58,4% desses entrevistados vive em situação de estresse.
Muitos desses mestres sofre da síndrome de Burnout, espécie de reação tensional crônica proveniente do contato direto com as pessoas. A patologia gera exaustão emocional, despersonalização, falta de envolvimento pessoal no trabalho, sentimento de culpa. É uma das consequências que a categoria dos professores vêm enfrentando.
Para mudar esta situação, uma das sugestões é que sejam revistas as exigências referentes às atividades exercidas pelos professores, tanto em questões burocráticas bem como em tarefas referentes ao ofício visando à minimização do trabalho através de uma reforma nas políticas educacionais e de maior suporte.
A pesquisa científica foi realizada a pedido do Sinpro/Caxias do Sul, com a Federação dos Trabalhadores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Fetee/Sul) e Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS).
Educação
Pesquisa revela estresse entre professores
Levantamento foi coordenado por pesquisadores da Unisinos
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