O Juventude busca sair da turbulência que encontrou na reta final do Brasileirão. A equipe que nunca tinha entrado na zona do rebaixamento e viveu o drama de estar no Z-4. A vitória diante do Bahia, de virada, trouxe um ânimo para o time. Foi a primeira no comando do novo técnico. Com a parada no Brasileiro em razão da Data Fifa, Fábio Matias ganhou um tempo para fazer ajustes pontuais no time alviverde.
— Ele já vinha fazendo algumas mudanças nas nossas estratégias, nos nossos comportamentos dentro do campo, eu acho que essa semana livre é ainda melhor para assimilarmos as novas ideias, e nos organizarmos ainda mais dentro do campo — afirmou Jadson.
O volante do Juventude tem personalidade e conhece bem o Estádio Alfredo Jaconi. Na sua quarta temporada no Juventude, o atleta não é de adotar um discurso protocolar. Questionado sobre os pontos que o time perdeu e o técnico novo busca resgatar, ele analisou:
— Ele tem umas ideias de jogo parecidas com as quais trabalhávamos no começo do ano, ele tem procurado fortalecer esses comportamentos que a gente já tinha, que a gente veio perdendo ao longo da temporada — afirmou o volante, que completou:
— O Fábio tem procurado resgatar a nossa organização dentro do campo, a nossa compactação, que era um dos nossos pontos fortes, estar perto da jogada, defender compactado, agredir mais a bola, sermos mais intensos, e resgatar também a nossa confiança, porque um time sem confiança é um time comum, e é algo que tínhamos bastante no começo da temporada, e a gente veio perdendo, de acordo com os resultados ruins que vieram acontecendo.
Jadson ainda destacou que Fábio Matias é um treinador com muito conteúdo, com vontade de vencer e que cobra bastante o elenco para estar sempre bem posicionado e ser um time intenso, como era o Juventude de Thiago Carpini e Roger Machado.
CAPITÃO E GRÊMIO
Uma vitória a gente pode ultrapassar o Grêmio e nos coloca em uma boa condição na tabela para a gente carimbar nossa permanência no próximo jogo
JADSON
Volante do Juventude
Nos últimos jogos, sem Alan Ruschel e Nenê entre os titulares, Jadson assumiu a braçadeira de capitão do Juventude. Dentro do Jaconi, ele viveu todos os sentimentos. Da consagração de acesso ao insucesso de um descenso. Ele sabe bem como é o espírito do torcedor. Nesta reta final de Série A, o capitão também ganhou uma responsabilidade que não tinha, de ser o dono da bola parada.
— Quando o Ruschel ou o Nenê não estavam jogando, essa responsabilidade acabava sendo minha, eu gosto, quando o Ruschel está, eu prefiro que ele carregue. Mas a bola parada já é algo que a gente vinha treinando antes, e com a ausência de um batedor, acabou sobrando para mim também. Eu procuro fazer o melhor para ajudar a nossa equipe.
Ao que tudo indica, Jadson seguirá como capitão e o batedor das bolas paradas contra o Grêmio, pois Alan Ruschel está suspenso e Nenê ou Jean Carlos não devem começar o jogo. O confronto na próxima quarta-feira, dia 20, na Arena, em Porto Alegre, será o quinto entre os times no ano.
— É um clássico regional, e a gente já jogou contra eles diversas vezes. É óbvio que vai ser dentro da casa deles, com todas as vantagens e as armas que eles têm, mas estamos confiantes que podemos fazer um grande jogo, que o professor pode fazer uma boa estratégia para a gente surpreender o Grêmio lá, e, assim, são dois times que estão mais ou menos ali colados na tabela. Uma vitória a gente pode ultrapassar o Grêmio e nos coloca em uma boa condição na tabela para a gente carimbar nossa permanência no próximo jogo — finalizou o capitão Jadson.