A passagem de Thiago Gomes pelo Estádio Centenário terminou na noite de terça-feira (17), quando ele recebeu uma ligação do atual departamento de futebol informando que a futura diretoria não tem a intenção de renovar o seu contrato. A linha de pensamento é distinta da atual direção, comandada por Mario Werlang, que tinha encaminhado a permanência do treinador que salvou o Grená de um vexatório rebaixamento para a Série D do Brasileiro.
Mudança de rumo
Se o futebol é dinâmico, no Estádio Centenário ele é mais ainda. Em um mês muita coisa mudou no Caxias. Após a partida que garantiu a permanência na Série C 2025, na vitória sobre o ABC, em Caxias do Sul, era praticamente certa a renovação com o treinador. Tudo estava alinhado e faltava apenas assinar.
O treinador tinha viagem marcada para Caxias do Sul para o dia 26, quinta-feira, quando a atual diretoria iria apresentá-lo ao novo presidente e assinaria a sua renovação. O treinador deu prioridade ao Caxias e neste período chegou a recusar duas propostas do exterior. Uma delas em dólar, financeiramente vantajosa, algo em torno de três vezes a mais de salário do que recebia no Estádio Centenário.
Entretanto, a reviravolta ocorreu perto das 20h de terça-feira, véspera do prazo final para inscrição de chapas para o processo eleitoral do clube. Após o clube encaminhar Roberto De Vargas como presidente e ter o retorno de José Caetano Setti como vice de futebol, o treinador recebeu uma ligação de um integrante do atual departamento de futebol grená.
No contato, foi informado que a futura direção tomou a decisão de não renovar o contrato e que a reunião da próxima semana estava cancelada. A nova diretoria não quis abrir conversas com o treinador. A informação pegou o Thiago Gomes de surpresa, já que ele não esperava essa mudança drástica de rumo.
Procura por antigo treinador
Ex-técnico grená em duas oportunidades (2016 a 2017 e 2018), Luiz Carlos Winck foi contactado por José Caetano Setti, segundo fontes ligadas ao técnico. Mas o profissional de 61 anos comunicou que acabou de renovar seu vínculo com o Brasiliense.
O time do Distrito Federal disputou a última Série D e bateu na trave no mata-mata decisivo pelo acesso. Além de prejudicar a imagem logo após aceitar a renovação, para tirar Winck do Brasiliense teria que haver uma negociação entre os dois clubes, algo que tornaria a vinda dele inviável, ao menos neste primeiro momento.